Beijing, 27 out (Xinhua) -- A China respeita a decisão de alguns países africanos de deixar o Tribunal Penal Internacional (TPI) e entende suas preocupações persistentes com a corte, disse na quarta-feira o porta-voz da chancelaria chinesa Lu Kang.
O porta-voz fez a declaração depois que Gâmbia anunciou na terça-feira sua saída do TPI por a corte estar "injustamente com foco na África". A decisão gambiana foi feita após decisões semelhantes da África do Sul e Burundi.
A corte com sede em Haia está envolvida na "perseguição dos africanos, e especialmente de seus líderes", enquanto ignora os crimes cometidos pelo Ocidente, disse o ministro da Informação da Gâmbia, Sheriff Baba Bojang.
Embora a China apoie os esforços da comunidade internacional para levar diante da justiça aos perpetradores, também está convencida de que o TPI deve aderir estritamente ao princípio de jurisdição suplementar e respeitar seriamente os princípios da lei internacional sobre a soberania nacional e a isenção, afirmou Lu.
O porta-voz chinês pediu que o TPI exerça suas funções de forma prudente de acordo com a lei e ganhe a confiança e o respeito da comunidade internacional com sentenças objetivas e justificadas.