O terceiro declínio consecutivo da Apple Inc. na receita e no lucro trimestral demonstra os desafios que a gigante tecnológica dos Estados Unidos enfrenta atualmente na China, face à concorrência de fabricantes domésticos de smartphones, que apresentam alternativas aliciantes, segundo justificaram ontem (26) os analistas de mercado.
A Apple anunciou nesta última quarta-feira ter testemunhado uma queda de quase 30% nas receitas provenientes da China no trimestre que terminara em setembro - o maior declínio entre todas as regiões, devido à demanda tépida dos seus icônicos iPhones.
A empresa registrou 8,79 bilhões de dólares em receitas na China. No ano passado, o número foi de 12,5 bilhões de dólares.
O chefe executivo da Apple, Tim Cook afirmou que os consumidores estão curiosos pelo último modelo da empresa, o iPhone 7, e que, por isso, espera que as vendas venham a ter um bom desempenho no próximo trimestre.
O resultado também marcou a primeira queda de vendas anuais da Apple desde 2001. Roger Sheng, diretor de pesquisa da Gartner Inc, não se mostra tão otimista como Tim Cook, afirmando ser muito provavel que o declínio da Apple na China se prolongue, pois o iPhone 7 não conseguiu ainda um impulso significativo de vendas até à data.
A Apple lança um modelo topo de gama anualmente, enquanto as rivais locais, tais como a Huawei, lançam um novo produto a cada um a dois meses, o que as coloca em melhor posição para testar novas tecnologias, acrescentou.