A nave Shenzhou XI parte do Centro de Lançamento de Satélites Jiuquan no noroeste da China na segunda-feira.
Com o aproximar da nave chinesa do laboratório espacial, os especialistas apelidam a ocasião como um “passo monumental” para a exploração espacial chinesa.
Na segunda-feira de manhã, a nave tripulada Shenzhou XI foi enviada para o espaço pelo foguete Longa Marcha 2F, a partir do Centro de Lançamento de Satélites Jiuquan, no noroeste da China.
A Shenzhou XI transporta no seu interior dois astronautas do sexo masculino – Jing Haipeng, de 49 anos e Chen Dong, de 37 anos. Após uma jornada de dois dias, deverão atingir o seu destino, o laboratório espacial Tiangong II, e ali permanecer por 30 dias em serviço. Este período de tempo será mais do dobro do atual registo de permanência no espaço por parte de astronautas chineses.
Mais importante do que o período de estadia dos astronautas, a missão é um passo essencial para que a China venha a ter uma estação espacial permanente. Além disso, é uma estação que os especialistas assumem ser a única após a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) ser desativada em 2024.
Após a estação entrar em atividade, a China irá lançar “várias missões espaciais” anualmente para transportar astronautas, engenheiros e até turistas, disse Zhang Yulin, vice-diretor do Departamento de Desenvolvimento de Equipamentos da Comissão Militar Central, e do programa espacial tripulado..
Os astronautas deverão realizar várias tarefas de verificação da capacidade de acoplamento da nave com o laboratório, assim como realizar investigação e testes de engenharia. A missão fundamental é a de examinar as tecnologias e equipamentos chineses que permitem a permanência de humanos no espaço, observando os efeitos físicos e psicológicos nos astronautas. Os astronautas irão também utilizar um fato especial para prevenir o atrofio muscular.