O presidente chinês, Xi Jinping, participará da 8ª Cúpula do BRICS, a ser realizada em Goa, na Índia, entre 15 e 16 de outubro. A cúpula, que tem por lema a “Construção de soluções responsivas, inclusivas e coletivas”, reúne novamente os líderes do BRICS, depois do encontro informal em Hangzhou em setembro.
Li Jianmin, pesquisador do Instituto de Estudos sobre a Rússia, Europa Oriental e Ásia Central da Academia de Ciências Sociais da China, afirmou ao Diário do Povo que os temas dos dois encontros refletem uma continuidade, sublinhando o ponto comum da Interconectividade e Inclusividade. “A Cúpula de Goa, basea-se na execução de planos e iniciativas da Cúpula do G20, e apresentará planos mais direcionados aos países em desenvolvimento”, disse Li.
As reuniões do BRICS tornaram-se uma convenção desde 2013, com o objetivo de fortalecer a comunicação e a coordenação entre os países membros, para reforçar a comunicação e a força das ações dos seus membros.
Atualmente, a população dos países do BRICS representa 43% da população mundial, 37% do PIB mundial e 17% do volume comercial do mundo. O presidente chinês Xi Jinping salientou na Cúpula de Hangzhou que os países do BRICS encabeçam os países emergentes e os países em desenvolvimento, sendo todos eles também membros importantes do G20.
Este ano dá-se o 10º aniversário do mecanismo cooperativo do BRICS. Li Baodong, vice-ministro do Comércio da China, apontou que, após 10 anos de rápido desenvolvimento, as áreas de cooperação dos países do BRICS continuam a expandir e o mecanismo de cooperação continua a apresentar melhorias. Li Jianmin considera que, diante da crise atual da situação econômica mundial, os países do BRICS devem primeiro resolver os seus próprios problemas de desenvolvimento econômico, formando mais consensos para propor medidas adequadas.
Li Jianmin apresentou duas propostas sobre a questão. Os países do BRICS têm que introduzir um plano estratégico doméstico unanimemente aceite pelos outros países e levar a cabo uma cooperação pragmática entre eles. Para esse fim, deverão ser tomadas medidas nas áreas de comércio, investimento, finanças e cooperação na produção.
Por outro lado, os países do BRICS devem representar a voz dos países em desenvolvimento na arena internacional. Devem reforçar a comunicação e coordenação nas questões internacionais; salvaguardar os interesses comuns; participar proativamente em assuntos de governança global; promover a reforma dos organismos multilaterais; fortalecer a coordenação no estabelecimento de uma rede internacional de segurança financeira; abordar a problemática do protecionismo comercial das economias principais e os riscos econômicos a esta inerentes; elaborar medidas de antiterrorismo; fazer frente às mudanças climáticas, e assumir a responsabilidade de responder à demanda mundial de bens públicos.