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China anuncia 2 biliões de yuans em assistência a países lusófonos na Ásia e África

Fonte: Diário do Povo Online    11.10.2016 14h32
China anuncia 2 biliões de yuans em assistência a países lusófonos na Ásia e África
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O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, afirmou nesta terça-feira em Macau que a China tem um projeto de apoio de 2 biliões de yuans de assistência financeira destinado aos países de língua portuguesa na Ásia e África nos próximos 3 anos.

Foi inaugurada hoje, em Macau, a 5ª Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum de Macau), que conta com a participação da China e de sete países da lusofonia – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e Timor-Leste.

No discurso proferido na cerimónia de abertura, Li Keqiang revelou que o valor comercial entre a China e os países de língua portuguesa se aproximou do patamar de 100 bilhões de dólares no ano passado, e que a China já se tornou um dos parceiros comerciais mais importantes dos países referidos.

Até o momento, os países lusófonos estabeleceram já cerca de 1000 empresas na China. Por sua vez, o valor dos investimentos por parte de empresas chinesas nos países de língua portuguesa ascende aos 50 biliões de dólares.

Li Keqiang elogiou o papel desempenhado pelo Fórum de Macau na promoção dos laços entre a China e a lusofonia. “Sob o enquadramento do Fórum, a China tem mantido um intercâmbio cada dia mais íntimo com os países de língua portuguesa, aprofundando a confiança política e o aumento do número de visitas entre os seus integrantes”.

O primeiro-ministro assinalou ainda que o ensino das línguas chinesa e portuguesa tem sido intensificado recentemente no seio de todos os países integrantes do fórum, “mais de 20 universidades na China têm cursos de português, enquanto que nos países de língua portuguesa, o número dos Institutos Confúcio ascende já a 17. ”

A política e economia mundiais estão a experienciar uma metamorfose profunda, no seguimento das várias dificuldades na recuperação da crise e do reajuste do preço das commodities, apontou Li, que apelou à oposição a qualquer manifestação de protecionismo.

“A iniciativa chinesa ‘Um Cinturão e Uma Rota’ coincide com o plano de desenvolvimento dos países de língua portuguesa, que, juntamente com a China, perfazem 17% da economia mundial e 22% da população do globo. Todos estes países se situam em localizações-chave do transporte marítimo. Neste novo enquadramento, a China almeja, em conjunto com os países lusófonos, consolidar os laços comerciais e criar um modelo de cooperação amistosa entre os diferentes sistemas sociais, etapas de desenvolvimento e contextos de culturais. ”

O primeiro-ministro chinês prometeu que a China não procura um superávit no comércio com os países de língua portuguesa. A China deseja pôr em prática uma política aduaneira favorável para os países lusófonos, abrangendo 97% dos tipos de impostos aplicáveis, de modo a encorajar uma maior importação desses países.

Além da assistência financeira, a China vai prestar um pacote de mais de 2 bilhões de yuans em doações destinados ao desenvolvimento agrícola, facilitação do comércio e ao combate à malária; 2 bilhões em empréstimos com vista a realizar o acoplamento de indústrias, cooperação da capacidade industrial e infraestrutural dos países lusófonos na Ásia e África; isentar, num total de 500 milhões de yuans, empréstimos sem juro em dívida, vencidos aos países de língua portuguesa menos desenvolvidos; abrir 2000 vagas para programas formação e outras 2500 vagas adicionais para bolsas do governo chinês a cidadãos destes países, assinalou Li.

Li apelou ainda ao reforço do intercâmbio inter-humano e ao aprofundamento da cooperação na educação, ciência, cultura, saúde pública e desporto. “A China continuará a ajudar os países lusófonos na Ásia e África a atualizar as suas instalações de educação e cultura, e contribuirá para a construção de centros de cultura chinesa”. 

 


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