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Diário do Povo Online entrevista Novak Djokovic

Fonte: Diário do Povo Online    17.10.2016 16h45

Durante a competição Shanghai Rolex Masters, o atual nº1 do ténis mundial, Novak Djokovic, concedeu uma entrevista exclusiva ao canal de desporto do Diário do Povo Online, onde abordou a recuperação da sua lesão, a situação atual do ténis mundial, o desenvolvimento do desporto na China entre outros temas relevantes da sua atividade profissional.

Após perder no US Open em setembro, Djokovic, que sofria de uma lesão fora obrigado a permanecer fora to court. Esta competição marcou o regresso à competição do sérvio após um mês.

Indagado a comentar a sua lesão, Djokovic assegurou aos jornalistas que havia recuperado da lesão e que estava pronto para voltar à competição em Shanghai.

Ao fazer uma retrospetiva sobre a sua performance nesta temporada, Djokovic diz não ter arrependimentos.

 “Estou satisfeito com a minha performance. Durante este ano não tenho quaisquer arrependimentos, ou qualquer coisa que me deixe desapontado, tudo acontece por um motivo”, disse.

 “Desde julho de 2011, quando me tornei no nº1 do ranking do ténis, passei 5 anos inesquecíveis. Estou muito orgulhoso do meu nível ao longo destes anos. Quero agradecer à minha família, à minha equipe e a todos aqueles que me acompanham e me apoiam”, frisou.

O tenista referiu ainda ter encontrado nos últimos anos uma forma de balancear a carreira profissional com a vida pessoal.

 “Sinto-me feliz. Durante a vida, sem dúvida que em momentos-chave tenho que me esforçar. Mas tudo na vida decorre de forma gradual, as mudanças vêm sempre acompanhadas do aperfeiçoamento pessoal. Agora sou pai. O meu filho fará este ano dois anos, ainda me falta experienciar muitas coisas novas. Além do ténis, há ainda muitas coisas pelas quais tenho interesse”, prosseguiu.

No que diz respeito ao ténis masculino, o líder acredita que, atualmente, os desenvolvimentos que têm sido verificados são muito positivos, aludindo a Federer e a Nadal que, após estarem na elite há 10 anos, continuam a competir ao mais alto nível.

“Penso que os desenvolvimentos que se verificam ao longo dos últimos 10 anos no ténis são muito positivos, ocupando agora um lugar de destaque na esfera desportiva. Várias competições de renome passaram a constar no ténis, por as 40 competições em que eu e Nadal participamos, contribuíram para tornar o ténis mais popular entre os aficionados de desporto”, asseverou.

Apesar do ténis na China ter registado nos últimos anos um progresso notável, o setor masculino está ainda aquém dos padrões mais elevados a nível mundial. Djokovic acredita que a China tem que dar tempo ao tempo para atingir o topo, não pode almejar a fazê-lo sem seguir um processo evolutivo.

Nos últimos anos, a ATP e a WTA têm colocado bastante importância no mercado chinês. Vários eventos de topo têm despoletado na China. “Atualmente, cada vez competições de ténis são realizadas na Ásia. A China será o país mais proactivo na realização destes eventos. As competições aqui realizadas tanto masculinas como femininas são imensas e todas elas têm um ótimo rácio de qualidade”, disse.

“Sob a influência da Li Na, o ténis na China tornou-se num dos desportos mais populares da China. Após o abandono da competição da tenista, a China irá com certeza precisar de novos talentos para seguirem o caminho por ela iniciado. Estou muito satisfeito por ver que muitos jovens da China se dedicam ao ténis. Espero que no futuro a China possa vir a ter um campeão. Se continuarem a seguir a tendência atual, as hipóteses disso se vir a concretizar são muito altas”, finalizou.