Cidades chinesas miram bolhas imobiliárias

Fonte: Diário do Povo Online    12.08.2016 10h39

Nanjing

NANJING, 12 de ago (Diário do Povo Online) - Duas cidades da província de Jiangsu, no leste da China, anunciaram novas medidas nesta quinta-feira para conter o aumento dos preços das casas.

Nanjing, capital de Jiangsu, vai aumentar o valor mínimo da entrada para a compra da segunda residência. Caso a primeira casa ainda esteja sendo paga, o valor mínimo da entrada aumentará de 45 para 50%. Se a hipoteca da primeira casa já tiver sido paga, o valor da entrada vai aumentar de 30 para 35%.

Em Suzhou, o depósito sobre a terra foi elevado de 20 para 30%, enquanto as taxas de transferência de terras aumentaram de 50 para 60% ou mais. As taxas de transferência de terras devem ser pagas dentro do prazo de três meses. A cidade vai ter mais terras disponíveis para fins residenciais até 2018.

O Bureau Político do Comitê Central do Partido Comunista da China declarou no final de julho que a China vai impedir o crescimento de bolhas. A reforma do lado da oferta no mercado imobiliário deve reduzir tanto o crescimento da bolha como dos preços.

Das 70 cidades monitoradas pelo Instituto E-China Casa P&D no primeiro semestre, nas cidades maiores, como em Suzhou e Nanjing, os preços estão subindo rapidamente, enquanto em cidades menores, um grande número de casas não vendidas continuam a ser um problema.

Em cidades como Nanjing, os preços das casas novas estão crescendo mais de 30% ao ano, mas de acordo com especialistas do setor, esses ajustes ‘pré-pagamento’ vão ter pouco impacto sobre a especulação.

O aperto sobre as finanças e oferta de terras é uma tentativa de parar a compra por parte de especuladores, disse Zhang Hongwei, pesquisador da Tospur, outra empresa imobiliária. As novas políticas afetarão as pequenas e médias imobiliárias muito mais do que as grandes, que têm vários meios de financiamento.

Pu Dongjun, analista da Changjiang Securities, prevê que as vendas de casas vai desacelerar no segundo semestre do ano devido à queda na demanda e a entrada das novas políticas em vigor. 

(Editor: Renato Lu,editor)

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