China pede às Filipinas que solucionem adequadamente disputas marítimas via negociação

Fonte: Xinhua    04.07.2016 14h52

Beijing, 4 jul (Xinhua) -- A China pediu na sexta-feira às Filipinas que trabalhem com a China para aproveitar o poder de negociação para resolver as disputas sobre o Mar do Sul da China.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Hong Lei fez as observações em uma coletiva de imprensa diária em resposta aos comentários feitos pelo presidente filipino Rodrigo Duterte durante a primeira reunião de seu gabinete, após sua posse na quinta-feira.

"Deus sabe que eu não quero declarar qualquer luta com qualquer um. Se nós pudermos ter paz por meio de conversas, eu ficarei realmente feliz", disse Duterte, que assinalou anteriormente que estava aberto a conversar com a China sobre as disputas marítimas.

Hong disse que as disputas são, no final das contas, assuntos entre a China e as Filipinas.

A arbitragem sobre o Mar do Sul da China, iniciada pelo ex-presidente Benigno S. Aquino III é inválida e ilegal, disse Hong.

"As disputas entre a China e as Filipinas só podem ser resolvidas via negociação bilateral com base no respeito completo a fatos históricos e de acordo com direitos internacionais", disse Hong.

"Esperamos que as Filipinas possam trabalhar com a China e reunir uma com a outra a meio caminho, de forma que as disputas sejam adequadamente resolvidas", comentou.

Alberto Encomienda, ex-secretário-geral do Centro de Assuntos Marítimos e Oceânicos do Departamento de Assuntos Estrangeiros filipino, disse recentemente em uma entrevista à Xinhua que o governo filipino tem ficado atrás das crescentes tensões no Mar do Sul da China.

"A China defendeu negociações desde o princípio, mas no início nós não", expressou ele.

Hong disse que esses fatos revelados pelo ex-diplomata filipino "mostraram, mais uma vez, que o governo de Aquino III mentiu" sobre a iniciação unilateral da arbitragem de Mar do Sul da China no Tribunal Permanente de Arbitragem em Hague.

O tribunal disse que emitiria uma decisão judicial em 12 de julho.

O Ministério das Relações Exteriores chinês disse na quarta-feira que o Tribunal Arbitral não tem nenhuma jurisdição sobre o caso e as matérias sujeitas relacionadas, e que não deveria ter ouvido o caso ou dado o julgamento.

(Editor:Juliano Ma,editor)

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