(Arquivo: o avião de reconhecimento americano EP-3)

A BBC avançou durante o dia de hoje (19) que o Departamento de Defesa dos EUA emitiu um comunicado no qual referem que dois caças chineses intercetaram de forma pouco segura um avião de reconhecimento americano que sobrevoava espaço aéreo internacional sobre o Mar do Sul da China.

A NBC, numa reportagem, reproduziu as declarações americanas, nas quais é alegado que dois caças chineses J-11 sobrevoaram a uma distância de cerca de 15 metros do avião americano.

Segundo a reportagem, o porta-voz do Pentágono, Jeff Davis disse num comunicado que: “No dia 17 dois caças chineses intercetaram um avião de reconhecimento americano em patrulha”. O comandante prosseguiu dizendo que “a primeira análise revela que o acontecimento se deu de forma pouco segura”, não oferecendo qualquer outro esclarecimento.

Davis prosseguiu dizendo que “durante este último ano, o Departamento de Defesa testemunhou progressos notáveis nos canais de comunicação com a China. Estamos em contacto com a China com vista a resolver esta questão”.

(Arquivo: caça chinês J11)

A reportagem refere precisamente que a melhoria dos canais de comunicação entre os dois países é importante para conter a possibilidade de surgirem mal-entendidos no futuro.

A China, por seu turno, já referiu por várias vezes o facto da presença recorrente de embarcações e aeronaves americanas em território marítimo e aéreo sob jurisdição chinesa, estar na origem da ameaça à segurança nacional e poder causar acidentes.

Já anteriormente, às 9 horas da manhã do dia 19 de agosto de 2014, um avião anti-submarino P-3 americano e um outro avião de reconhecimento P-8, voaram a 220km a este da ilha de Hainan. Um caça chinês J-11 tinha partido por essa altura também para uma viagem de reconhecimento de rotina naquela região. O Departamento de Defesa dos EUA protestou relativamente a esse acontecimento através de meios diplomáticos.

O porta-voz do Ministério da Defesa da China, Yang Yujun, enfatizou que as medidas tomadas pelos pilotos chineses foram tomadas de forma profissional e adequada, tendo mantido a distância de segurança para o avião americano. Deste modo, as acusações levantadas pelos EUA são infundadas, afiançou. “A presença constante de unidades militares americanas na região são o motivo principal que coloca em causa a segurança aérea ou marítima”. Yang instou os EUA a respeitar as leis e convenções internacionais de modo a prevenir situações semelhantes.