China assina Acordo de Paris sobre mudança climática

Fonte: Xinhua    25.04.2016 13h35

Nações Unidas, 25 abr (Xinhua) -- A China assinou na sexta-feira o Acordo de Paris sobre a mudança climática, dando assim um forte impulso aos esforços internacionais contra o aquecimento global.

O vice-primeiro-ministro chinês Zhang Gaoli, enviado especial do presidente Xi Jinping, subiu ao pódio no Salão da Assembleia Geral das Nações Unidas para assinar o importante documento.

"O povo chinês honra seus compromissos. Trabalharemos arduamente para implementar sinceramente o Acordo de Paris", assinalou Zhang ao pronunciar umas palavras na cerimônia de assinatura.

Um total de 175 países assinaram o acordo no primeiro dia aberto para a assinatura, um novo recorde nos 71 anos de história da ONU. A China foi o 21º país a assinar o documento, enquanto o processo completo se estendeu durante cerca de duas horas e meia.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, manifestou aos líderes mundiais e representantes na sede da Assembleia Geral que eles "assinavam hoje um novo pacto com o futuro". O mais alto órgão internacional selecionou o dia 22 de abril, Dia da Terra, para o evento, com o objetivo de sublinhar seu significado.

Depois de quase duas semanas de discussões intensas, negociadores sobre o clima de 196 partes adotaram o acordo durante as negociações sobre mudança climática realizadas em 12 de dezembro de 2015 em Paris, dirigido a reverter a tendência do aumento das temperaturas, causado principalmente pelas emissões de carbono.

Após a assinatura, o acordo de Paris deve ser ratificado por 55 países que representam conjuntamente 55% das emissões mundiais de gases de efeito estufa.

Durante a cerimônia, Zhang também anunciou que a China visa finalizar os procedimentos legais nacionais para ratificar o histórico acordo de Paris antes da Cúpula do G20 programada para setembro na cidade chinesa de Hangzhou.

Para cumprir seus compromissos com o acordo climático de Paris, a China, com base nos níveis de 2005, terá que reduzir suas emissões de carbono por unidade do Produto Interno Bruto (PIB) de 60% a 65% para 2030, aumentar em cerca de 20% o uso de combustíveis não fósseis no consumo de energia primária e atingir o nível máximo de emissões de carbono para 2030.

Ao mesmo tempo, a China fortalece sua cooperação Sul-Sul, um mecanismo destinado a fomentar o comércio e a colaboração entre os países em desenvolvimento, para assim alcançar o patamar dos desenvolvidos.

A China e os Estados Unidos assinaram quatro comunicados conjuntos sobre a mudança climática, com o último emitido em março à margem da Cúpula de Segurança Nuclear realizada em Washington.

"Estamos em uma corrida contra o tempo... Temos que intensificar os esforços para descarbonizar nossas economias", assinalou Ban na cerimônia de assinatura.

(Editor:Juliano Ma,editor)

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