MACAU, 25 de abril (Diário do Povo online) - O Arquivo de Macau, sob a égide do Instituto Cultural do Governo da R.A.E de Macau, anunciou nesta última sexta-feira (22) a aquisição daquela que é a mais completa coleção de postais ilustrados que retratam as antigas regiões sob administração portuguesa no ultramar.

A aquisição da coleção recolhida ao longo de mais de quatro décadas pelo português João Manuel Loureiro é um ato de profundo comprometimento da instituição com a proteção e o cultivo da identidade cultural de Macau.

Através do acervo, que conta com mais de dez mil postais fotográficos produzidos entre 1898 e 1999, é possível conhecer aspectos da geografia, economia e comércio, vida da população, costumes culturais, características religiosas, edifícios e monumentos das cidades de oito países e regiões de legado cultural português, incluindo Macau, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e a Índia Portuguesa.

O anúncio da aquisição foi feito na última sexta-feira (22) durante a cerimônia de lançamento do livro “Macau e os Territórios Lusófonos: Colecção Iconográfica Única de Postais Fotográficos”, do próprio João Manuel Loureiro. Segundo o jornal Ponto Final, a obra se constitui precisamente como um guia para a coleção dos postais fotográficos que agora integra o acervo do Arquivo de Macau.

Durante a cerimônia de lançamento do livro, João Loureiro afirmou que a obra surge em um momento oportuno no qual Macau se fortalece como plataforma de cooperação entre a China e as regiões no mundo de legado cultural português. Referindo-se a relação da China com os países lusófonos, João sublinhou que Macau, para além de uma plataforma econômica e empresarial, pode contribuir muito nas áreas do saber e da cultura.

Além do autor do livro, estiveram presentes na cerimônia o presidente do Instituto Cultural, Ung Vai Meng; a diretora do Arquivo de Macau, Lau Fong; o representante do Cônsul Geral de Portugal em Macau e Hong Kong e Diretor do Instituto Português do Oriente, Dr. João Neves; e o Presidente do Instituto Internacional de Macau, Dr. Jorge Rangel.

Edição: Rafael Lima