À conversa com Marcos Mendes e Patrícia Gonçalves – Estudantes de Chinês em Pequim (Parte 2)

Fonte: Diário do Povo Online    24.12.2015 13h35

Por Mauro Marques e Renato Lu

Com uma cultura demarcadamente talhada pelos mandamentos confucianos, a China atribui um prestígio social e uma responsabilidade paternal singulares ao professor (não fosse Confúcio um educador por excelência). O ser professor tem uma dimensão acrescida no processo de formação dos estudantes, não apenas como alunos, mas igualmente como cidadãos na sociedade chinesa. Estas características não passaram despercebidas aos dois entrevistados. “Os professores acabam por assumir a identidade de pais. Disponibilizam-se para nos ajudar em todo o tipo de situações... acho que os professores portugueses se distanciam muito mais dos alunos do que os professores chineses”, disse o Marcos, relatando de seguida, com entusiasmo, um episódio onde teve a oportunidade de retribuir a hospitalidade com um símbolo da cultura portuguesa: “Participei na semana passada numa atividade de turma com os professores onde fizemos jiaozi (ravióli chinês). Aproveitei para levar uma garrafa de vinho do porto para partilhar com todos”. A Patrícia reiterou as palavras do Marcos. “Eu diria que a relação do professor chinês com os alunos é mais íntima. Uma coisa que o professor chinês faz no primeiro dia de aulas é dar o contacto pessoal. Este número está disponível para qualquer coisa que precises. Isto nunca me aconteceu em Portugal”.


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(Editor:鲁扬,editor)

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