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Presidente brasileiro espera que Conferência do Clima de Belém foque na implementação de compromissos

Fonte: Xinhua    06.11.2025 15h15

Presidente brasileiro Lula concedeu entrevista à imprensa em Belém, no Pará, norte do Brasil, em 4 de novembro de 2025. (Foto: Lucio Tavora/Xinhua)

A 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) está prestes a ser realizada em Belém, no Pará, norte do Brasil. O presidente brasileiro Lula declarou em coletiva de imprensa na terça-feira (4) que espera que esta conferência sobre o clima evite discursos vazios e se concentre na implementação dos compromissos climáticos.

Lula afirmou que o Brasil não quer que a conferência sobre o clima se torne uma vitrine de "produtos da ideologia climática", onde todos apenas expressam suas próprias ideias, mas ninguém assume a obrigação de implementá-las. O Brasil está disposto a cooperar com países de todo o mundo para promover a implementação dos compromissos climáticos.

Ao responder a uma pergunta de um repórter da Xinhua, Lula elogiou a posição e as contribuições da China na governança climática. Ele destacou que a China fez progressos rápidos em áreas como a transição energética e serviu de exemplo para outros países no enfrentamento das mudanças climáticas por meio de avanços tecnológicos.

Nos últimos anos, empresas chinesas de novas energias têm aumentado seus investimentos no Brasil. O governo brasileiro continuará aprofundando a cooperação com a China em áreas como tecnologia espacial, indústrias de novas energias e tecnologia digital.

Lula afirmou que os países desenvolvidos têm um histórico de duzentos anos de poluição durante seu processo de industrialização. A questão fundamental agora é se esses países estão dispostos a pagar sua dívida histórica com o planeta.

O Brasil escolheu Belém, às margens do Rio Amazonas, para sediar a conferência climática a fim de ajudar o mundo a compreender a verdadeira natureza da região amazônica, de acordo com Lula.

Proteger a Amazônia não significa transformá-la numa "zona proibida" para a humanidade, mas sim permitir que as pessoas que ali vivem tirem seu sustento das florestas e transformem a riqueza da biodiversidade em produtos que possam ser vendidos globalmente, explicou ele.

Lula expressou a esperança de que um mecanismo de governança possa ser estabelecido no âmbito das Nações Unidas para garantir a implementação efetiva de medidas de proteção ambiental. Por meio de consultas multilaterais, ele espera explorar maneiras de impor medidas punitivas aos países que não cumprirem seus compromissos climáticos.

Na próxima conferência sobre o clima, o Brasil abordará as questões climáticas com a devida responsabilidade e seriedade, e ele acredita que todos os países do mundo reconhecerão a urgência do problema climático.

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