O Museu do Louvre em Paris foi fechado ao público no domingo (19) "por motivos excepcionais" após um roubo no qual nove itens de grande valor histórico foram roubados, informaram autoridades francesas. Não houve feridos.
Por volta das 9h30, horário local, uma gangue de quatro ladrões invadiu a Galeria Apollo do museu – que abriga as Joias da Coroa Francesa e outros tesouros – quebrando as janelas da galeria com esmerilhadeiras angulares após se içarem do lado de fora numa plataforma elevatória.
Entre os alvos do roubo estavam um colar de safiras das joias da Rainha Maria Amélia e da Rainha Hortênsia e uma tiara da Imperatriz Eugênia. Durante a fuga, a gangue abandonou um dos nove itens roubados, que foi encontrado danificado perto do museu.
O Ministro do Interior francês, Laurent Nunez, que visitou o local, descreveu os artefatos roubados como sendo de valor patrimonial "inestimável". O Louvre e o Ministério da Cultura estão trabalhando para compilar uma lista detalhada dos itens roubados e avaliar seu valor. Nunez disse estar "esperançoso" de que os criminosos, que fugiram numa scooter, sejam presos "muito rapidamente".
"Estamos cientes de que os museus franceses são altamente vulneráveis", disse o ministro do Interior quando questionado sobre possíveis falhas no sistema de vigilância.
A administração do Louvre já havia alertado sobre problemas de infraestrutura que afetam a preservação e a segurança de seu acervo, enquanto se aguarda um grande programa de reforma.
A ministra da Cultura, Rachida Dati, disse à rede de televisão TF1 que "o crime organizado hoje tem como meta obras de arte, e os museus se tornaram alvos".
O presidente francês, Emmanuel Macron, condenou o roubo na plataforma X, chamando-o de "um ataque a um patrimônio que prezamos porque é a nossa história". Ele disse que os criminosos seriam levados à justiça.
O último roubo registrado no Louvre ocorreu em 1998, quando uma pintura foi roubada em plena luz do dia e não foi recuperada.