O governo brasileiro manifestou na terça-feira sua "firme condenação" ao bombardeio israelense realizado em 25 de agosto contra o Hospital Nasser, em Khan Yunis, ao sul da Faixa de Gaza, e apelou à comunidade internacional e às Nações Unidas para que conduzam uma investigação "independente, imparcial e transparente" sobre os eventos.

Os ataques resultaram na morte de pelo menos 20 palestinos, incluindo jornalistas e trabalhadores humanitários, e em dezenas de feridos.

Em nota, o Palácio do Itamaraty lembrou que hospitais e centros médicos gozam de proteção especial pelo Direito Internacional Humanitário, e ataques a essas instalações podem constituir crimes de guerra, de acordo com as Convenções de Genebra de 1949 e seus Protocolos Adicionais.

"O bombardeio do Hospital Nasser se soma a um padrão recorrente de violações perpetradas pelo governo israelense contra a população palestina. A responsabilização por esses atos é essencial para evitar sua recorrência e garantir justiça às vítimas", destacou o comunicado.

"O governo brasileiro exorta a comunidade internacional e os mecanismos relevantes das Nações Unidas a assegurar uma investigação independente, imparcial e transparente para garantir a devida responsabilização por esses atos", afirmou o comunicado.

"Ao reiterar seu apelo por um cessar-fogo imediato, o Brasil exorta o governo israelense a cessar os ataques contra a população civil de Gaza, a garantir aos jornalistas o direito de realizar seu trabalho com liberdade e segurança e a suspender as restrições existentes à entrada de profissionais da mídia internacional e de ajuda humanitária naquele território", concluiu o Itamaraty.