O governo brasileiro anunciou na quarta-feira um aumento na proporção obrigatória de biocombustíveis misturados à gasolina e ao diesel, como parte de sua estratégia para reduzir os preços ao consumidor, diminuir as emissões de gases de efeito estufa e avançar rumo à autossuficiência energética.
A medida também busca enviar uma forte mensagem de compromisso climático antes da 30ª Conferência das Partes (COP30) das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que será realizada em Belém, capital do estado do Pará, no norte da Amazônia, em novembro próximo.
"É um recado para o modelo de transição energética que estamos implementando no Brasil. Ninguém pode competir com a política de biocombustíveis que temos", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comentando a decisão do Conselho Nacional de Política Energética.
Conforme anunciado, a proporção de etanol (álcool combustível de cana-de-açúcar) misturado à gasolina aumentará de 27% para 30% (E30), enquanto a proporção de biodiesel no diesel aumentará de 14% para 15% (B15).
A frota de veículos brasileira aceita tanto gasolina quanto etanol, uma política surgida na década de 1970 e que tornou o país líder nesse tipo de tecnologia, considerada menos poluente.