O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, reuniu-se com enviados diplomáticos da União Europeia (UE) e dos respectivos Estados-membros na quarta-feira, em Beijing.
Wang, que também é membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, disse que, como este ano marca o 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e a UE, as duas principais forças construtivas do mundo atual devem aumentar a confiança mútua, lidar adequadamente com as diferenças, unir forças e elevar a Parceria Estratégica Abrangente China-UE a um novo patamar.
Wang apresentou uma proposta de três pontos para o desenvolvimento futuro das relações China-UE.
Primeiro, os dois lados devem defender o respeito mútuo, especificamente respeitar sinceramente os interesses centrais e as principais preocupações um do outro. Wang observou que alcançar a reunificação nacional completa é a aspiração acalentada há muito tempo e a missão histórica da nação chinesa, e que a China nunca permitirá que a região de Taiwan se separe da pátria.
A China espera que a UE continue a aderir firmemente ao princípio de Uma Só China e se oponha a atividades separatistas pela "independência de Taiwan" sob qualquer forma, enfatizou.
Em segundo lugar, os dois lados devem aderir ao posicionamento estabelecido de sua parceria. Wang disse que a China e a UE são parceiras, não rivais e certamente não inimigas.
Não há disputas territoriais ou conflitos geopolíticos entre a China e a UE, muito menos qualquer conflito fundamental de interesses, disse Wang, observando que a China espera trabalhar com a UE para tornar a cooperação a tendência predominante nas relações China-UE.
Em terceiro lugar, os dois lados devem aderir ao multilateralismo. A China defende firmemente o sistema internacional com as Nações Unidas (ONU) em seu núcleo, a ordem internacional sustentada pelo direito internacional e as normas básicas das relações internacionais com base nos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas, disse Wang, observando que a China defende consistentemente as negociações de paz e rejeita o uso da força.
As três iniciativas globais, a Iniciativa Cinturão e Rota e, particularmente, a visão de construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade -- todas propostas pelo presidente chinês Xi Jinping -- contribuíram com a sabedoria e as soluções da China para a comunidade internacional.
"A China e a UE devem seguir a tendência dos tempos, aumentar a compreensão, construir confiança, alcançar o sucesso mútuo e iluminar o mundo", acrescentou Wang.
O chefe da delegação da UE na China e os enviados diplomáticos dos Estados-membros da UE na China afirmaram que a China sempre foi um parceiro importante para a UE.
A UE está disposta a trabalhar em conjunto com a China para o futuro, desenvolver uma relação construtiva e estável entre a UE e a China, enfrentar os desafios globais, defender o multilateralismo e promover a paz e a segurança mundiais, afirmaram.
