A China realizará um desfile militar na Praça Tian'anmen, no centro de Beijing, em 3 de setembro, para marcar o 80º aniversário da vitória na Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa e na Guerra Antifascista Mundial.
O presidente Xi Jinping, também secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) e presidente da Comissão Militar Central, passará em revista as tropas e discursará em uma grande reunião a ser realizada no dia para marcar o aniversário.
Em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, Hu Heping, vice-chefe executivo do Departamento de Comunicação do Comitê Central do PCCh, anunciou uma série de eventos que serão realizados este ano para a comemoração.
Líderes estrangeiros, ex-dignitários políticos, funcionários de alto nível e chefes de organizações internacionais serão convidados, disse Hu.
A China designou o dia 3 de setembro como o Dia da Vitória para marcar a assinatura do Instrumento de Rendição do Japão em 2 de setembro de 1945. Em 3 de setembro de 2015, foi realizado um desfile militar em comemoração ao 70º aniversário da vitória.
A Guerra de Resistência do Povo Chinês contra a Agressão Japonesa foi a primeira a eclodir e foi a mais longa da Guerra Antifascista Mundial, resultando em mais de 35 milhões de baixas militares e civis chinesas de 1931 a 1945.
No principal campo de batalha oriental da luta global contra o fascismo, o esforço de resistência da China foi decisivo para derrotar o fascismo japonês e apoiar outras frentes na Europa e na Ásia, contribuindo profundamente para a vitória final e a paz mundial duradoura, acrescentou.
Hu disse que os eventos comemorativos deste ano servem como um tributo solene à resistência árdua e heroica do povo chinês contra a agressão militarista japonesa, reafirmando o compromisso inabalável do povo chinês com o caminho do desenvolvimento pacífico e com a defesa da paz mundial.
APRESENTANDO NOVAS CAPACIDADES DE COMBATE
Na coletiva de imprensa de terça-feira, Wu Zeke, oficial sênior do Departamento de Estado-Maior Conjunto da Comissão Militar Central, disse que a organização de um desfile militar na Praça Tian'anmen é uma parte fundamental da comemoração e tem um significado de longo alcance.
O desfile deste ano contará com formações de marcha, colunas blindadas e escalões aéreos, apresentando tanto as forças tradicionais principais de batalha quanto as forças de novo domínio com novas capacidades de combate, disse ele.
Além da última geração de armas convencionais, o desfile exibirá sistemas inteligentes não tripulados, unidades de combate subaquáticas, forças cibernéticas e eletrônicas e armas hipersônicas, demonstrando a forte capacidade dos militares chineses de se adaptarem às tendências tecnológicas e à evolução da guerra e de prevalecerem em guerras futuras, disse Wu.
"Cada peça de armamento programada para exibição é produzida internamente e serve como equipamento de batalha principal de serviço ativo", disse Wu.
Todas as armas e equipamentos apresentados no desfile serão selecionados de unidades de combate de diversos serviços e armas, abrangendo forças de ataque estratégicas, equipamentos operacionais e táticos avançados e unidades emergentes projetadas para guerras futuras.
A exibição apresentará uma gama abrangente de recursos, incluindo comando e controle, reconhecimento e alerta antecipado, defesa aérea e de mísseis, ataque com poder de fogo e suporte integrado, de acordo com Wu.
"As armas e os equipamentos em exposição oferecem maior precisão de ataque, maior adaptabilidade às condições do campo de batalha e maior eficácia de combate", disse Wu.
COMPROMISSO FIRME COM A PAZ
As autoridades presentes na coletiva de imprensa de terça-feira enfatizaram a dedicação e a determinação inabaláveis da China em relação à paz, conforme demonstrado pelas comemorações planejadas para marcar a vitória na guerra.
"As forças armadas chinesas sempre foram uma força firme na defesa da paz mundial", disse Wu.
Ele disse que as tropas chinesas com experiência em manutenção da paz da ONU participarão do desfile.
Esse arranjo não apenas destaca a comemoração solene da vitória da China na guerra, mas também demonstra o compromisso do país com o cumprimento das obrigações internacionais e a proteção da paz mundial, observou Wu.
Nos 35 anos desde que se juntou às operações de manutenção da paz da ONU, a China enviou mais de 50 mil soldados da paz para mais de 20 países e regiões, realizando 26 missões da ONU para proteger a segurança e a estabilidade.
"Faremos contribuições ainda maiores para manter a paz mundial e a estabilidade regional", acrescentou.
Wu disse que o povo chinês jamais esquecerá o inestimável apoio e assistência fornecidos pelos países, povos, organizações internacionais e todas as outras forças antifascistas amantes da paz em todo o mundo.
Para honrar essa cooperação internacional, a China convidará estrangeiros que ajudaram a resistência do país contra a agressão japonesa ou representantes de seus familiares para assistir ao desfile militar em 3 de setembro.
Hu observou que a vitória na Guerra Antifascista Mundial estabeleceu "uma base crucial para a ordem internacional do pós-guerra".
"O povo chinês trabalhará lado a lado com todas as nações e povos amantes da paz em todo o mundo para promover uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade", disse Hu.
