No topo de uma montanha, a 4.700 metros de altitude, em Daocheng, na província de Sichuan, uma nova “arma” para observar o céu trará avanços para a exploração científica.
No dia 24, o Telescópio Solar de Grande Campo de Visão e Alta Resolução de 2,5 metros (WeHoST) — recomendado pelo Ministério da Educação e aprovado pela Fundação Nacional de Ciências Naturais da China, foi oficialmente instalado em Daocheng.
A expectativa é que até o final de 2026 sejam concluídas as obras de infraestrutura para, então, começar a montagem e os testes do telescópio. Do “Olho Celestial da China” (FAST) ao novo telescópio solar WeHoST, a exploração chinesa do universo não para de avançar.
O WeHoST está sendo desenvolvido pela Universidade de Nanjing, em parceria com o Instituto de Óptica Astronômica da Academia Chinesa de Ciências em Nanjing, o Observatório Astronômico de Yunnan da Academia Chinesa de Ciências, entre outras instituições. Ele será o maior telescópio solar do mundo com design axial simétrico.
Atualmente, a construção do corpo principal do telescópio está prestes a ser concluída. O local escolhido — uma montanha sem nome em Daocheng, Sichuan — oferece excelentes condições atmosféricas e de estabilidade para a observação solar.
De acordo com Ding Mingde, professor da Escola de Astronomia e Ciências Espaciais da Universidade de Nanjing e líder do projeto, o espelho principal do WeHoST tem 2,5 metros de diâmetro. O telescópio combina alta resolução com um campo de visão amplo, o que permite observar detalhes com nitidez e, ao mesmo tempo, cobrir áreas maiores.
Sua resolução supera a dos atuais telescópios solares de grande porte, tanto na China quanto no exterior, e seu campo de visão é de três a quatro vezes maior, sendo capaz de abranger toda a região de atividade solar.