A China sempre apoiou os países da América Latina e do Caribe, incluindo o Panamá, na defesa de sua independência e autonomia e na oposição à hegemonia, intimidação e interferência estrangeira, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China nesta segunda-feira.
O porta-voz Guo Jiakun fez as observações em resposta a relatos de que a embaixada dos EUA no Panamá declarou que os EUA trabalharão com o Panamá para instalar sete novas torres de comunicação com tecnologia americana, substituindo equipamentos da empresa chinesa Huawei. O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, pediu à embaixada dos EUA que se abstenha de fazer declarações públicas sobre decisões tomadas exclusivamente pelo governo panamenho.
Em uma coletiva de imprensa regular, Guo disse que os EUA há muito tempo realizam vigilância e ataques cibernéticos na América Latina e no Caribe, causando efeitos adversos em todo o Hemisfério Ocidental e deixando os países das Américas inseguros.
Ele acrescentou que, ao realizar uma cooperação amistosa com os países da América Latina e do Caribe, a China sempre aderiu aos princípios de respeito mútuo, igualdade, benefício recíproco, abertura, inclusão e colaboração ganha-ganha. "A China nunca busca esferas de influência, nem se envolve em competição geopolítica, muito menos coage outros países a tomarem partido", disse o porta-voz.
Observando que a América Latina e o Caribe não são o quintal de ninguém, Guo pediu que os EUA parem de politizar as questões econômicas, comerciais, científicas e tecnológicas, parem de interferir nos assuntos internos de outros países e minar sua soberania e independência, parem de coagir outros países a tomar partido ou restringir a cooperação com a China e, em vez disso, concentrem-se em promover a paz, a estabilidade, o desenvolvimento e a prosperidade regionais.