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Texto na íntegra: Comunicado Conjunto de Imprensa entre a República de Angola e a República Popular da China

Fonte: Xinhua    11.06.2025 08h32

Comunicado Conjunto de Imprensa entre a República de Angola e a República Popular da China

A convite de Sua Excelência o Membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China e Ministro das Relações Exteriores da República Popular da China, Wang Yi, Sua Excelência o Ministro das Relações Exteriores da República de Angola, Téte António, participou na Conferência Ministerial dos Coordenadores para a Implementação dos Resultados do Fórum de Cooperação China-África, a qual se realizou na República Popular da China de 10 a 12 de Junho de 2025.

Durante a estadia na China, os dois ministros mantiveram reunião em atmosfera cordial e amistosa. Trocaram impressões sobre as relações China-Angola, China-África, assim como temas internacionais e regionais de interesse comum.

Os dois ministros avaliaram positivamente a parceria de cooperação estratégica global entre os dois países, marcada por amizade duradoura, colaboração solidária e cooperação mutuamente vantajosa, e concordaram em reforçar o apoio recíproco em questões que envolvem os interesses fundamentais e as principais preocupações de cada parte. A parte chinesa reitera o apoio firme à escolha independente do povo angolano do caminho para o desenvolvimento em conformidade com as condições nacionais, e aos esforços de Angola na salvaguarda da independência, soberania, segurança e interesse nacional. A parte angolana reitera o firme apoio ao Princípio de Uma Só China, reconhece que Taiwan é uma parte integrante e inalienável do território chinês. Opõe-se a qualquer forma de "independência de Taiwan" e apoia firmemente todos os esforços do governo chinês para alcançar a reunificação nacional.

As Partes reconheceram que, sendo o desenvolvimento dos direitos humanos uma causa comum de toda a humanidade, e os direitos à subsistência e ao desenvolvimento priorizados como direitos humanos fundamentais, os intercâmbios e cooperações na área devem ser desenvolvidos com base no respeito mútuo e na igualdade de tratamento. O respeito à soberania, à independência e à integridade territorial, bem como a não-interferência em assuntos internos de um país são as normas básicas das relações internacionais. Assuntos relativos a Xinjiang, Hong Kong e Xizang são assuntos internos da China. As Partes opõem-se à politização e ao duplo padrão nas questões dos direitos humanos, assim como à interferência sob tal pretexto nos assuntos internos dos dois países, bem como no domínio da cooperação entre os países. A parte angolana aprecia o cumprimento activo pela parte chinesa das obrigações internacionais, incluindo no domínio dos direitos humanos e as contribuições chinesas para a causa dos direitos humanos. A parte chinesa apoia o papel da República de Angola nos assuntos internacionais e regionais.

As Partes continuarão a salvaguardar os valores essenciais e princípios fundamentais da Organização Mundial do Comércio (OMC), apoiando a actualização necessária das regras através de iniciativas de declarações conjuntas com temas como a facilitação de investimento. As Partes opõem-se veementemente a qualquer forma de hegemonia, incluindo sanções unilaterais, barreiras tarifárias, bloqueio tecnológico, entre outras, e apelam à reforma do sistema financeiro internacional para o tornar mais inclusivo e equitativo, com vista a melhorar o financiamento para o desenvolvimento dos países em desenvolvimento, promover a liberalização e a facilitação do comércio e do investimento com vista a alcançar a prosperidade comum.

A reconfiguração do cenário global em cem anos está a avançar a um ritmo acelerado. As duas partes empenham-se em fortalecer a representatividade e a voz do Sul Global na arena internacional. As Partes exprimiram a disposição de construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade e realizar cooperações no âmbito da construção conjunta de alta qualidade da Iniciativa do Cinturão e Rota, a fim de construir um mundo aberto, inclusivo, limpo e belo com paz duradoura, segurança universal e prosperidade compartilhada. A China e Angola estão dispostas a implementar em conjunto a Iniciativa de Desenvolvimento Global, a Iniciativa de Segurança Global e a Iniciativa de Civilização Global, e promover a governança global caracterizada por consulta extensiva, contribuição conjunta e benefícios compartilhados. Rejeitam resolutamente a lei da selva, opõem-se ao hegemonismo, à política do poder e a todas as formas de unilateralismo e proteccionismo, contribuindo para a promoção da paz duradoura e desenvolvimento do mundo.

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