Representantes do Congresso brasileiro destacaram nesta quarta-feira a necessidade de aprofundar a cooperação entre os países do Sul Global e fortalecer a soberania das nações emergentes diante dos atuais desafios geopolíticos, durante o 11º Fórum Parlamentar do BRICS, realizado na sede do Legislativo, em Brasília.
Os principais temas em discussão incluíram saúde global, regulamentação da inteligência artificial (IA) e desenvolvimento sustentável, em um contexto internacional marcado por tensões geopolíticas, protecionismo econômico e enfraquecimento do multilateralismo.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, citou o atual contexto internacional marcado por "tensões geopolíticas, protecionismo e fragilização do multilateralismo". Para Motta, nesse cenário, é preciso promover o fluxo comercial e de investimentos entre os países do Sul Global.
"Não podemos nos furtar, ainda, de discussões sobre como diversificar e fortalecer as iniciativas e mecanismos - como o de pagamento em moedas locais - para reduzir custos de transação e ampliar novas oportunidades de negócios", defendeu.
Motta também elogiou a atuação do Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como Banco do BRICS, presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff, considerando-o um "motor de uma nova geração de investimentos que priorizam o crescimento com inclusão social e sustentabilidade ambiental".
Por sua vez, o presidente do Senado e do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre, destacou o caráter inclusivo do fórum com a recente expansão do grupo. "Somos diversos, mas unidos na busca por justiça social, equilíbrio geopolítico e desenvolvimento sustentável. A cooperação entre os países do BRICS tem muito a oferecer ao mundo", afirmou.
O evento contou com a presença de representantes dos cinco membros fundadores do grupo: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além de novos membros e países parceiros, como Irã, Egito, Etiópia, Indonésia, Cuba, Bolívia e Nigéria. Também esteve presente o presidente em exercício do Brasil, Geraldo Alckmin.
