A pioneira Fonte de Fótons de Alta Energia (HEPS) da China, a primeira instalação de radiação síncrotron de quarta geração da Ásia, entrou em sua fase crítica de comissionamento conjunto, marcando a etapa final de construção antes de entrar em operação, ainda este ano.
Localizada na Cidade Científica de Huairou, um distrito no norte de Beijing, a HEPS está pronta para revolucionar a exploração científica. Capaz de emitir luz um trilhão de vezes mais brilhante que a do Sol, ela atua como um "supermicroscópio", permitindo que cientistas observem as estruturas internas dos materiais até os níveis atômico e molecular com clareza e resolução sem precedentes.
"Essa capacidade de raios X de alta energia revolucionará estudos em áreas como materiais aeroespaciais e redes neurais, oferecendo maior eficiência e precisão", disse Dong Yuhui, vice-diretor executivo da HEPS.
A HEPS representa um acréscimo muito significativo na infraestrutura científica da China. Como um projeto-chave do 13º Plano Quinquenal Nacional (2016-20), será a primeira fonte de luz síncrotron de alta energia do país, uma vez concluída.
Seu brilho excepcional e poder de penetração proporcionarão uma plataforma de pesquisa vital para ciência de materiais, engenharia química, biomedicina, aeroespacial, energia, meio ambiente, ciências da vida e produtos farmacêuticos.
Marcos recentes incluem a obtenção de uma emitância de feixe de elétrons de classe mundial de 93 radianos de picômetros no anel de armazenamento em janeiro, confirmando sua capacidade de produzir radiação síncrotron ultrabrilhante de alta qualidade.
Inovações no projeto, como a utilização do propulsor como acelerador e acumulador, reduziram significativamente os custos de infraestrutura. Um sistema de reciclagem de feixe de elétrons ecológico também foi implementado, disse Pan Weimin, diretor do projeto HEPS.
O HEPS personifica a crescente capacidade de pesquisa da China, que passou da dependência de instalações estrangeiras para o desenvolvimento de uma infraestrutura científica de ponta que atrai pesquisadores globais. Seu lançamento marca um passo significativo para colocar a China na vanguarda das descobertas científicas fundamentais, de acordo com o Instituto de Física de Altas Energias da Academia Chinesa de Ciências.
