De 14 a 18 de abril, o presidente Xi Jinping realizará visitas de Estado ao Vietnã, Malásia e Camboja. Esta é a primeira viagem internacional de um chefe de Estado chinês em 2025, além de ser a primeira visita diplomática aos países vizinhos, após a mais recente reunião central sobre a política regional.
Um princípio: “Destacar o conceito de relações de proximidade, sinceridade, benefícios mútuos e inclusão”
“Ter bons vizinhos vale mais que ouro”, “Parentes distantes não superam vizinhos próximos”. Desde que assumiu o cargo, o Secretário-Geral do Partido Comunista do Vietnã, To Lam, escolheu a China como destino da sua primeira visita oficial. O primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, já visitou a China por três vezes em pouco mais de dois anos. O primeiro-ministro cambojano, Hun Manet, escolheu a China como destino da sua primeira visita oficial.
Em outubro de 2013, o presidente Xi Jinping apresentou o conceito de diplomacia com os países vizinhos baseado na proximidade, sinceridade, benefícios mútuos e inclusão. A China chegou a um consenso com 17 países vizinhos sobre a construção de uma comunidade de futuro compartilhado tornando-se o maior parceiro comercial de 18 deles. A reunião central sobre a política regional reforçou a diretriz de “promover a boa vizinhança, segurança, prosperidade, relações sinceras e benefícios compartilhados, com um destino comum”.
Uma visão: “Fazer com que os frutos do desenvolvimento da China beneficiem mais os países vizinhos”
O presidente Xi Jinping tem reiterado: “Recebemos de braços abertos os países vizinhos para embarcarem no trem expresso do desenvolvimento chinês”. A ferrovia China-Laos rompeu o isolamento geográfico do Laos; o trem de alta velocidade Jacarta-Bandung impulsiona o crescimento econômico da Indonésia; o projeto “Dois Países, Dois Parques” entre China e a Malásia inaugura um novo modelo de cooperação industrial.
A iniciativa “Dois Corredores, Um Círculo” do Vietnã, a ferrovia da costa leste da Malásia e a estrutura dos “Seis Lados de Diamante” do Camboja alinham-se com a Iniciativa Cinturão e Rota, gerando um efeito sinérgico de “1+1 > 2”. A China e o Vietnã estão a construir uma comunidade de destino comum de significado estratégico.
Com a Malásia, constroem uma comunidade conjunta; com o Camboja, essa comunidade entrou numa nova fase de alto nível. Espera-se que, ainda este ano, seja assinado o protocolo de atualização da Área de Livre Comércio China-ASEAN versão 3.0.
Uma ação: “Construir em conjunto um regionalismo aberto”
A China foi o primeiro país a aderir ao Tratado de Amizade e Cooperação no Sudeste Asiático, o primeiro a iniciar negociações para uma zona de livre comércio com a ASEAN e o primeiro a tornar-se parceiro estratégico da ASEAN. Em 2021, durante a cúpula dos 30 anos de diálogo China-ASEAN, o presidente Xi Jinping propôs a “inclusão mútua e a construção conjunta de um regionalismo aberto”.
A China e a ASEAN somam um quarto da população mundial e ocupam, respetivamente, o segundo e quinto lugares em termos de PIB global. “Uma comunidade de destino comum China-ASEAN mais estreita é consistente com as tendências da época de busca pela paz, desenvolvimento, cooperação e ganhos mútuos”.