O reitor da Universidade de São Paulo, Carlos Gilberto Kalotti, discursa na cerimônia de inauguração do Centro Chinês da USP. (Foto: China News Service)
No dia 21 de março, horário local, foi oficialmente inaugurado o Centro Chinês da Universidade de São Paulo (doravante denominado "Centro Chinês"). O reitor da Universidade de São Paulo, Carlos Gilberto Kalotti Junior, afirmou que o centro servirá de plataforma para impulsionar a cooperação pragmática entre Brasil e China no campo da "Inteligência Artificial + Saúde", promovendo a implementação do hospital inteligente mais avançado da América Latina.
"Esperamos que o Centro Chinês da Universidade de São Paulo(USP) se torne um acelerador da cooperação entre Brasil e China", declarou Kalotti em seu discurso durante o evento. Segundo ele, o centro permitirá que pesquisadores e professores de diversas disciplinas e áreas da USP e de várias universidades chinesas de ponta realizem visitas e colaborações frequentes.
O objetivo é abordar e estudar desafios comuns enfrentados por Brasil e China no desenvolvimento sustentável, na transição para novas energias e na governança social.
Representante da Huawei apresenta os avanços em matéria de campus inteligente, salas de aula inteligentes, ensino remoto e tecnologia de saúde inteligente durante a inauguração do Centro Chinês da USP. (Foto: China News Service)
Kalotti explicou que, após sua primeira visita à China em 2023, ele havia tido a ideia de estabelecer o Centro Chinês para estreitar a cooperação entre os dois países. Entre os dias 1º e 10 de março deste ano, ele liderou outra delegação à China para visitar universidades e empresas, buscando não apenas fortalecer a parceria estratégica da USP com instituições chinesas nas áreas de agricultura, engenharia e ciências da Terra, mas também usar o centro como um polo para atrair colaborações entre academia, indústria e pesquisa dos dois países, avançando na cooperação estratégica em tecnologia de saúde inteligente.
A Universidade de São Paulo é a maior instituição pública de ensino e pesquisa do Brasil e da América Latina, sendo uma das principais universidades de pesquisa do mundo. Além disso, foi a primeira universidade latino-americana a estabelecer um departamento de estudos chineses.
"A China é uma potência em inovação tecnológica, e a USP, enquanto universidade de excelência na América Latina, espera que o Centro Chinês possa gerar um efeito sinérgico para fortalecer a cooperação internacional", disse o professor Ricardo Trindade, diretor do Centro Chinês da USP.
Ele destacou a expectativa de que mais empresas chinesas participem da construção do centro, colaborando no desenvolvimento de institutos de pesquisa em medicina digital e hospitais inteligentes.
O Cônsul-Geral da China em São Paulo, Yu Peng, afirmou em seu discurso que, no ano passado, os líderes dos dois países assinaram 38 acordos de cooperação abrangendo ensino superior, inovação científica e colaboração juvenil, estabelecendo um plano para a cooperação mútua em áreas diversas.
A criação do Centro Chinês assinala um novo nível de parceria, promovendo o intercâmbio de talentos, o compartilhamento de tecnologia e o desenvolvimento conjunto de resultados inovadores, tornando-se um "incubador" da inovação sino-brasileira e uma "ponte" para a conexão entre os povos.