Eventos de promoção para a 137ª edição da Feira de Importação e Exportação da China (Feira de Cantão), que será realizada em abril deste ano, estão sendo realizados em países latino-americanos, com o objetivo de atrair empresas locais a participarem da feira e explorarem oportunidades de negócios na China.
Nos últimos anos, com a realização de feiras internacionais na China, como a Feira de Cantão, cada vez mais consumidores chineses conheceram e se apaixonaram pelos produtos agrícolas da América Latina. Cerejas chilenas, carne bovina e café do Brasil, por exemplo, tornaram-se escolhas populares no dia a dia dos consumidores chineses.
Ao mesmo tempo, produtos industriais latino-americanos também entraram no mercado chinês por meio de feiras realizadas. Na 136ª edição da Feira de Cantão, realizada no ano passado, foram apresentados a visitantes eletrodomésticos de cozinha de uma empresa panamenha e compressores de uma empresa brasileira.
Além da promoção ativa nas feiras, os acordos de livre comércio entre a China e os países latino-americanos também impulsionaram o desenvolvimento dos negócios bilaterais. Zhang Xinyu, pesquisadora associada da Universidade Sun Yat-sen, destacou que os acordos de livre comércio assinados entre a China e países latino-americanos promoveram a liberalização e a facilitação do comércio, permitindo que esses produtos cheguem à mesa dos chineses em menos tempo.
Na lista de vendas de camarões da JD.com, plataforma de comércio eletrônico da China, um camarão branco do Equador foi classificado em primeiro lugar. Dados mostram que mais de 2 milhões de pacotes foram vendidos, com mais de 20 mil pacotes apenas nas últimas duas semanas, e uma taxa de aprovação de 99%. Muitos consumidores elogiaram seu tamanho grande e textura firme.
A senhora Huo, de Guangzhou, é amante de abacates do Peru. Segundo ela, os abacates do Peru em supermercados locais sempre chegam frescos e com uma textura suave.
Desde a assinatura do primeiro acordo de livre comércio com o Chile em 2005, a China já celebrou acordos com cinco países latino-americanos: Chile, Peru, Costa Rica, Equador e Nicarágua, todos em vigor.
Zhang Xinyu ressaltou que, dada a significativa complementaridade comercial entre a China e a América Latina, as exportações de produtos intensivos em recursos (como minerais e produtos agrícolas) da região para a China continuarão estáveis. Além disso, com a reestruturação econômica dos países latino-americanos e a crescente demanda dos consumidores chineses, a região também impulsionará a exportação de produtos mais diversificados e de maior valor agregado para a China.
