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Pesquisadores chineses e brasileiros descobrem novas espécies de fósseis de pterossauros no nordeste da China

Fonte: Diário do Povo Online    13.03.2025 10h18

Imagem combinada mostra a imagem do pterossauro fossilizado Darwinopterus camposi sp. nov (acima) e um diagrama de esqueleto. (Foto: Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia de Vertebrados/via Xinhua)

Pesquisadores chineses e brasileiros desenterraram um esqueleto fossilizado quase completo de uma espécie de pterossauro até então desconhecida no condado de Jianchang, província de Liaoning, nordeste da China.

O estudo, conduzido por pesquisadores do Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia de Vertebrados (IVPP, na sigla em inglês) da Academia Chinesa de Ciências, da Universidade de Jilin, da Universidade Regional do Cariri, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e de outras instituições, foi publicado recentemente no periódico Anais da Academia Brasileira de Ciências (AABC).

O fóssil, datado de aproximadamente 160 milhões de anos, no Período Jurássico Superior, foi denominado Darwinopterus camposi sp. nov.

De acordo com Wang Xiaolin, um dos autores correspondentes do IVPP, o nome da espécie homenageia Diógenes A. Campos, um renomado geopaleontólogo brasileiro que fez contribuições significativas para a pesquisa paleontológica colaborativa entre a China e o Brasil.

Esta espécie recém-descoberta pertence ao Wukongopteridae, uma importante classe de pterossauros da Biota Yanliao, do nordeste da China.

A nova espécie se distingue de outros membros de Wukongopteridae por várias características únicas: uma margem dorsal reta da crista pré-maxilar sem uma projeção dorsal extensa, uma superfície lateral lisa e um arranjo dentário de dezoito dentes em cada lado da mandíbula superior e quatorze em cada lado da mandíbula inferior. Além disso, a quarta falange de seu dedo da asa é mais curta do que a primeira.

Wang enfatizou que esta descoberta enriquece a diversidade dos Wukongopteridae e fornece novos insights sobre a evolução deste grupo de pterossauros.

A China surgiu como um hotspot global para pesquisa de pterossauros, com uma série de descobertas que avançaram o estudo desses répteis voadores extintos. Na última década, muitos novos sítios fósseis foram relatados na província de Liaoning, levando à identificação de muitas espécies anteriormente desconhecidas.

Entre as descobertas mais notáveis estão espécimes associados à Biota Yanliao, que, embora distribuídos em regiões semelhantes às da Biota Jehol, são mais antigos em idade, datando do Período Jurássico Médio ao Final. Os Wukongopteridae se destacam como um grupo proeminente de pterossauros identificados dentro da Biota Yanliao.

A colaboração em material da Biota Yanliao entre paleontólogos chineses e brasileiros remonta a 2009, quando eles nomearam conjuntamente os Wukongopteridae. Desde então, três gêneros e cinco espécies de Wukongopteridae foram identificados. Com esta última descoberta, o número de espécies conhecidas aumentou para seis.

A equipe de pesquisa sino-brasileira continuará seus esforços colaborativos, concentrando-se em pesquisas aprofundadas sobre a evolução, estilo de vida, ambiente de vida e comparações globais dos pterossauros, disse Wang.

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