O Secretário de Estado dos EUA Marco Rubio e o Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Mike Waltz, participam de uma reunião sobre as negociações de paz Ucrânia-Rússia em Jeddah, Arábia Saudita, 11 de março de 2025.
O governo de Donald Trump levantou sua suspensão de ajuda militar e compartilhamento de inteligência para a Ucrânia, depois que Kiev endossou um cessar-fogo de 30 dias no conflito com a Rússia, aguardando o acordo de Moscou, disseram as autoridades dos Estados Unidos e da Ucrânia na terça-feira, após conversas de 9 horas na Arábia Saudita.
A decisão dos EUA marcou uma mudança brusca em relação a apenas uma semana atrás, quando impôs as medidas para pressionar o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky a entrar em negociações para encerrar o conflito de 3 anos. A suspensão da assistência dos EUA ocorreu após Zelensky e Trump discutirem em uma tensa reunião na Casa Branca, em 28 de fevereiro.
Por sua vez, a Ucrânia concordou com a proposta dos EUA de estabelecer um cessar-fogo provisório total de 30 dias, que prevê a interrupção dos ataques com mísseis, drones e bombas, bem como o combate ao longo de toda a linha de frente.
Zelensky agradeceu rapidamente a Trump pela proposta "positiva" de cessar-fogo feita em Jeddah e disse que os EUA devem agora trabalhar para persuadir a Rússia.
"O lado americano entende nossos argumentos, percebe nossas propostas e quero agradecer ao presidente Trump pela conversa construtiva entre nossas equipes", disse ele em seu discurso noturno.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, que liderou a delegação dos EUA nas negociações em Jeddah, disse que Washington apresentaria a oferta de cessar-fogo ao Kremlin, que até agora se opôs a qualquer opção que não fosse um fim permanente para o conflito sem aceitar nenhuma concessão.
Horas antes das negociações de Jeddah, a Ucrânia encenou um grande ataque direto a Moscou, com centenas de drones atingindo a capital e outras áreas, deixando três pessoas mortas.
Em Washington, Trump disse que estava pronto para receber Zelensky de volta à Casa Branca e que pode falar com o presidente russo Vladimir Putin esta semana.
Em uma declaração conjunta, a Ucrânia e os EUA também disseram que concluiriam "o mais rápido possível" um acordo, garantindo o acesso dos EUA à riqueza mineral da Ucrânia, que Trump exigiu como compensação por bilhões de dólares em armas dos EUA, sob seu antecessor Joe Biden.
