O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, perdeu um voto de confiança na terça-feira, forçando seu governo a renunciar após menos de um ano no cargo.
Dos 224 deputados que participaram, apenas o Partido Social Democrata (PSD) de Montenegro, o Partido Popular (CDS-PP) e a Iniciativa Liberal o apoiaram. O Partido Socialista (PS), o Chega, de extrema direita, o Bloco de Esquerda (BE), o Partido Comunista Português (PCP), o Livre e o único deputado do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) votaram contra ele.
De acordo com a Constituição de Portugal, uma votação de confiança fracassada obriga o governo a renunciar. A administração de Montenegro agora operará em caráter interino, tratando apenas de assuntos essenciais e urgentes.
Espera-se que o presidente Marcelo Rebelo de Sousa dissolva o parlamento e convoque eleições antecipadas, que, segundo suas indicações, poderão ocorrer em 11 ou 18 de maio.
O próprio Montenegro iniciou a votação de confiança, após duas moções anteriores durante o seu mandato, em meio a uma crescente pressão decorrente de um escândalo de conflito de interesses envolvendo um negócio familiar.
Como líder da Aliança Democrática de centro-direita, Montenegro tornou-se primeiro-ministro em abril de 2024, após vencer as eleições gerais. No entanto, sua coligação garantiu apenas 80 dos 230 assentos do parlamento, enquanto o PS obteve 78 assentos e o Chega 50 assentos.