Xinjiang estabeleceu recorde de produção de grãos em 2024

Fonte: Diário do Povo Online    23.01.2025 10h34

Fazendeiros operam colheitadeiras nos campos de trigo da Sexta Divisão do Corpo de Produção e Construção de Xinjiang (XPCC) em Wujiaqu, Xinjiang, em 24 de julho de 2024. (Foto: Chen Yang/China Daily)

A Região Autônoma Uigur de Xinjiang foi transformada de um terreno dominado pelo deserto para um "celeiro na fronteira", informaram autoridades, citando esforços para melhorar o solo salino-alcalino e aumentar as terras agrícolas de alto padrão para reforçar a segurança alimentar nacional.

No ano passado, a produção total de grãos de Xinjiang atingiu um recorde de 23,3 milhões de toneladas métricas, elevando a região para o 13º lugar no ranking de produção de grãos da China. O rendimento de grãos por hectare aumentou para 7.875 quilos, dando a Xinjiang o primeiro lugar no ranking nacional pela primeira vez, disse Erkin Tuniyaz, presidente do governo regional, no domingo (19) ao entregar o relatório de trabalho na sessão anual da14ª Assembleia Popular Regional de Xinjiang.

A região pretende aumentar sua produção de grãos em mais 500.000 toneladas este ano, afirmou Xie Yingzhou, vice-diretor do Escritório Regional de Agricultura e Assuntos Rurais de Xinjiang, na segunda-feira (20) numa entrevista coletiva divulgando o relatório de trabalho.

Para atingir essa meta, Xinjiang continuará melhorando as terras salinas-alcalinas e aumentando as terras agrícolas de alto padrão. A moderna tecnologia de irrigação agrícola com economia de água será promovida ainda mais, juntamente com a aplicação rigorosa da proteção dos recursos hídricos, acrescentou Xie.

Buwajian Abula, membro do 13º Comitê Regional de Xinjiang da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês e diretor do Centro de Pesquisa de Desenvolvimento Econômico e Social da Universidade Agrícola de Xinjiang, observou que a região alcançou avanços significativos no desenvolvimento de terras agrícolas de alto padrão e na mecanização agrícola nos últimos anos.

"Além de fornecer um suprimento estável de grãos para as pessoas na região, Xinjiang agora está fazendo contribuições significativas para a segurança alimentar nacional", disse Buwajian Abula.

Ela observou que, embora Xinjiang tenha terras abundantes, a escassez de água tem sido um fator limitante para a produção de grãos. "O uso de tecnologias agrícolas modernas na irrigação com economia de água e na melhoria de terras salinas-alcalinas aliviou significativamente o problema da escassez de água, levando a um aumento na área de plantio de grãos", disse ela.

Além dos grãos, a região pretende manter sua produção de algodão em mais de 5 milhões de toneladas este ano e solidificar sua posição como um produtor nacional de fios de algodão premium, disse Xie.

Apesar de enfrentar sanções internacionais, Xinjiang produziu 5,69 milhões de toneladas de algodão no ano passado, respondendo por 92,2% do total da China. Alguns países ocidentais, particularmente os Estados Unidos, impuseram sanções e acusaram Xinjiang de usar "trabalho forçado". Os EUA também buscaram restringir empresas que compram materiais, incluindo algodão, de Xinjiang.

A indústria têxtil e de algodão da região gerou um valor de produção de 220 bilhões de yuans (US$ 33,6 bilhões) no ano passado e forneceu emprego para mais de 1 milhão de pessoas, de acordo com o relatório de trabalho.

Em agosto, o Comitê Permanente do Congresso Popular Regional de Xinjiang aprovou uma resolução para combater as sanções dos EUA e apoiar o desenvolvimento de empresas sancionadas, incluindo aquelas em têxteis e vestuário.

"A resolução marca um passo forte no uso de meios legais para desafiar a hegemonia e a política de poder dos EUA, ao mesmo tempo em que avança estruturas legais nacionais e estrangeiras", disse Zhao Wenquan, porta-voz do congresso, no sábado (18) numa entrevista coletiva.

(Web editor: Fátima Fu, Renato Lu)
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