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Cooperação agrícola entre o Brasil e a China continua a beneficiar os povos dos dois países

Fonte: Diário do Povo Online    31.10.2024 16h01

Song Yiran, Diário do Povo

Cerimônia de lançamento do projeto de demonstração de cooperação em mecanização agrícola China-Brasil, em Abode, Brasil. Demonstração de uma maquina agrícola produzida na China. Fonte: Embaixada da China no Brasil

Este ano é assinalado o 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o Brasil. Ao longo de meio século, os dois países colheram resultados significativos de suas colaborações práticas em áreas diversas. Enquanto grandes potências agrícolas, a cooperação bilateral neste domínio é altamente complementar e mutuamente benéfica, sendo um dos campos mais sólidos e dinâmicos da parceria.

Nos últimos anos, o volume do comércio agrícola entre os dois países continuou a crescer, a cooperação em tecnologias agrícolas se aprofundou e as trocas em desenvolvimento agrícola sustentável se intensificaram. O ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, afirmou que a cooperação agrícola entre Brasil e China continua a beneficiar os povos dos dois países.

Em abril deste ano, uma cerimônia de início das exportações de seis empresas de processamento de carne para a China foi realizada no estado de Mato Grosso do Sul. Antes, o estado exportava cerca de 467 mil cabeças de gado por ano para a China, número que agora aumentou para 2,3 milhões.

Durante muitos anos, a China tem sido o maior mercado de exportação de carne bovina do Brasil. Em 2023, as exportações de carne bovina do Brasil para a China representaram 54,9% do total das exportações de carne bovina do país. Este ano, o número de empresas brasileiras habilitadas para exportar para a China aumentou de 106 para 144.

A mídia brasileira informou que essas empresas autorizadas a exportar poderão gerar um aumento de 10 bilhões de reais (aproximadamente 131 bilhões de yuan) no comércio em um ano. Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil, afirmou que as empresas de carne que exportam para a China criarão mais empregos nas regiões interiores do Brasil e promoverão o desenvolvimento econômico local.

O Brasil é um grande produtor e exportador agrícola, enquanto a China é o maior importador de produtos agrícolas do mundo. A cooperação entre os dois países no setor agrícola é extremamente complementar. Desde 2009, a China é o maior parceiro comercial do Brasil, com produtos como soja, milho e carne bovina liderando na lista de principais itens exportados.

Dados do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China demonstram que, em 2023, o Brasil manteve sua posição como o principal fornecedor de produtos agrícolas importados pela China.

Roni Lins, diretor do Centro de Estudos sobre a China do Brasil, destacou que o comércio de produtos agrícolas é uma parte importante das relações econômicas e comerciais entre os dois países. O investimento da China em áreas como logística e armazenamento pode melhorar significativamente a cadeia de suprimentos agrícolas do Brasil, além de permitir a troca de experiências em tecnologias agrícolas, como o melhoramento de culturas e produção de carne.

Colheitadeiras, tratores e drones para aplicação de pesticidas... Em uma fazenda na cidade de Apodi, no nordeste do Brasil, máquinas agrícolas modernas operam de forma organizada nos campos. Em fevereiro deste ano, foi lançado um projeto demonstrativo de mecanização agrícola entre Brasil e China em Apodi, onde 31 máquinas, incluindo tratores, semeadoras e colheitadeiras, foram entregues à comunidade local.

Esses equipamentos realizarão demonstrações em nove estados do nordeste do Brasil, com especialistas chineses disseminando conhecimento sobre a mecanização agrícola junto dos agricultores locais.

O projeto de mecanização agrícola é implementado em colaboração entre a Universidade Agrícola da China, a Associação da Indústria de Máquinas Agrícolas da China, a Confederação do Nordeste do Brasil e a Associação Internacional de Cooperação Popular. O foco está na aplicação de tecnologias inovadoras em agricultura de precisão, proteção de culturas com drones e colheita mecanizada nas fazendas brasileiras.

Nos últimos anos, as máquinas agrícolas e soluções agrícolas da China têm vindo a ganhar popularidade no mercado brasileiro. O ministro da Agricultura do Brasil, Paulo Teixeira, afirmou que as equipes chinesas trouxeram equipamentos e experiência, melhorando a agricultura familiar no Brasil. Ele expressou o desejo de que mais equipamentos agrícolas chineses sejam trazidos para o Brasil, dizendo: "Sejam bem-vindos para investir e construir fábricas aqui".

Enquanto potência agrícola que valoriza o desenvolvimento sustentável, Brasil e China têm mantido diálogos profundos sobre a resiliência da cadeia de suprimentos agrícola, desenvolvimento sustentável da agricultura e agricultura inteligente em relação ao clima, temas que são de grande importância para a redução de emissões agrícolas e promoção da segurança alimentar.

Fundada em 2017, a Longping Brasil é dedicada ao desenvolvimento de sementes de culturas que se adaptam à diversidade climática e às condições do solo do Brasil, sendo uma importante plataforma de inovação tecnológica para o desenvolvimento de sementes de milho, soja e sorgo no país.

A Universidade Agrícola do Sul da China firmou acordos de cooperação com várias universidades e instituições de pesquisa brasileiras, incluindo a Universidade de Brasília e a Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul, abrangendo áreas como plantação de soja, segurança alimentar e agricultura sustentável.

"A China está acelerando a modernização agrícola, integrando práticas inovadoras como plantio de precisão, sistemas de irrigação avançados e aplicações de biotecnologia para aumentar a eficiência e sustentabilidade da produção agrícola, contribuindo para a segurança alimentar de outras regiões do mundo por meio da cooperação internacional", disse Lins.

A cooperação agrícola bilateral ajudará a impulsionar o crescimento econômico, o desenvolvimento sustentável e a segurança alimentar em ambos os países.

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