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50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre China e Brasil tem destaques surpreendentes na cooperação bilateral

Fonte: Diário do Povo Online    14.08.2024 10h27

Este ano marca o 50º aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas entre a China e o Brasil. Ao longo do último meio século, como os dois maiores países em desenvolvimento dos hemisférios Oriental e Ocidental, a China e o Brasil vem testemunhando uma cooperação econômica e comercial cada vez mais próspera.

A China tem sido o maior parceiro comercial do Brasil e uma importante fonte de investimento durante muitos anos consecutivos, e o Brasil se tornou o primeiro país da América Latina a ter um comércio com a China superior a 100 bilhões de dólares. A cooperação econômica e comercial entre as duas partes em vários domínios foi melhorada e adquiriu novas características.

As economias são altamente complementares e o volume do comércio bilateral entre a China e o Brasil atingiu repetidamente novos máximos. Desde 2009, a China vem sendo o maior parceiro comercial do Brasil por 15 anos consecutivos. De acordo com as estatísticas da alfândega chinesa, o volume do comércio bilateral entre a China e o Brasil em 2023 foi de 181,53 bilhões de dólares, um aumento anual de 6,1%. O Brasil é o nono maior parceiro comercial da China.

Os cinco principais produtos exportados pelo Brasil para a China são soja, petróleo bruto, minério de ferro, carne bovina e celulose. Os produtos de exportação da China para o Brasil incluem principalmente células fotovoltaicas, commodities simples de desembaraço aduaneiro de baixo valor, plataformas flutuantes ou submersíveis de perfuração ou produção, etc.

A estrutura de produtos das exportações do Brasil para a China é relativamente estável, incluindo produtos primários na agricultura, pecuária, mineração e energia. As exportações da China para o Brasil são principalmente produtos de alto valor agregado. Os dois lados complementam as vantagens um do outro, as exportações do Brasil para a China continuam crescendo e o status da China como principal parceiro comercial do Brasil também está constantemente consolidado.

O investimento da China no Brasil continua crescendo e a cooperação em investimentos está se tornando cada vez mais diversificada.

Nos últimos anos, empresas chinesas têm participado de investimentos em projetos de grande porte no Brasil, como o projeto Belo Monte de transmissão de energia UHV, projetos de grande porte de geração de energia a gás da América Latina, como o Projeto de Complexo Termelétrico no Porto do Açu e o maior terminal de contêineres da América do Sul, o Terminal de Contêineres de Paranaguá, dentre outros.

Além disso, a China participa ativamente na construção de campos de energia renovável, com energia hidrelétrica, energia solar e energia eólica, em várias partes do Brasil, explorando oportunidades de cooperação econômica verde e promovendo ainda mais o desenvolvimento diversificado e de alto nível da cooperação de investimentos China-Brasil.

Zhu Qingqiao, embaixador da China no Brasil, destacou recentemente em entrevista ao jornal “O Globo” do Brasil que o investimento acumulado da China no Brasil ultrapassou 70 bilhões de dólares americanos, cobrindo uma ampla gama de setores como petróleo e gás, eletricidade, agricultura, infraestrutura, comunicações e tecnologia.

Os novos objetivos de desenvolvimento dos dois países promoveram o desenvolvimento da cooperação China-Brasil a um alto nível.

Atualmente, a China está promovendo de forma abrangente o grande rejuvenescimento da nação chinesa com a modernização ao estilo chinês, implementando de forma abrangente novos conceitos de desenvolvimento e promovendo o desenvolvimento de alta qualidade com nova produtividade de qualidade.

O governo brasileiro também lançou uma série de planos estratégicos de desenvolvimento nacional, como o “Programa de Aceleração do Crescimento”, o “Novo Plano de Desenvolvimento Industrial” e o “Plano de Transformação Ecológica”.

Os dois países estão acelerando a ancoragem das estratégias de desenvolvimento e, com base no aprofundamento da cooperação em domínios tradicionais, estão criando mais pontos de crescimento da cooperação em domínios de ponta, como a transformação energética, a economia digital, a agricultura inteligente e de baixo carbono, a biotecnologia, tecnologia da informação, inteligência artificial, aeroespacial, etc., o que ajuda efetivamente a aprofundar, desenvolver e atualizar as relações bilaterais.

Durante a visita do presidente brasileiro Lula à China no ano passado, os dois países emitiram uma declaração conjunta, esclarecendo que ambos os lados estão dispostos a discutir as políticas de desenvolvimento e planos de investimento brasileiros, como a integração sul-americana, e a alinhá-los com as políticas de desenvolvimento da China e iniciativas internacionais, tais como como a Iniciativa “Cinturão e Rota”.

No dia 22 de julho deste ano, Lula revelou que seria convidado pela primeira vez para a Reunião de Líderes Econômicos da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC, na sigla em inglês), que será realizada em Lima, capital do Peru, em novembro, e está disposto a discutir a Iniciativa “Cinturão e Rota” com a China.

"Estou disponível para discutir com a China a construção conjunta da Iniciativa Cinturão e Rota.E eu quero discutir com a China a Rota da Seda. Eu quero saber aonde é que a gente entra, que posição nós vamos jogar, porque nós não queremos ser reserva, nós queremos ser titular", disse Lula.

Após meio século de altos e baixos, as relações China-Brasil tornaram-se mais maduras e resilientes. Juntamente com a série de celebrações do 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas, os dois países darão oportunidades importantes para aprofundar ainda mais a cooperação vantajosa para ambas as partes e trabalhar em conjunto para criar os próximos cinquenta anos "dourados" de relações China-Brasil.

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