A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, repreendeu esta quarta-feira o embaixador dos Estados Unidos na China, Nicholas Burns, por culpar a China por bloquear os intercâmbios bilaterais. Ela urgiu o lado americano a tomar ações concretas para promover esses intercâmbios.

Mao fez as declarações em uma coletiva de imprensa regular quando solicitada a comentar as críticas de Burns, que teria dito que a China tornou "impossível" aumentar o intercâmbio entre os dois países. Burns fez os comentários enquanto dava uma entrevista, acusando a China de impedir as pessoas de comparecerem aos eventos da embaixada dos EUA.

Mao refutou as observações de Burns, observando que elas não se conformam com os fatos, se desviam do importante consenso alcançado pelos dois chefes de Estado em sua reunião em São Francisco, contrariam a maneira correta de China e os Estados Unidos avançarem e não são favoráveis ao desenvolvimento sólido e estável dos laços bilaterais.

A China sempre desenvolveu suas relações com os Estados Unidos de acordo com os princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação ganha-ganha, e está comprometida em promover intercâmbios entre pessoas, disse o porta-voz.

Mao acrescentou que o "Vínculo com Kuliang: Festival da Juventude China-EUA 2024" está sendo realizado atualmente em Fuzhou, Província de Fujian, que é a maior e mais diversificada atividade de intercâmbio de jovens desde o estabelecimento de laços diplomáticos entre a China e os Estados Unidos.

Sublinhando que não é o lado chinês que está a interferir nos intercâmbios culturais entre os dois países, mas o lado norte-americano, Mao disse que, sob o pretexto de "segurança nacional", os Estados Unidos têm perseguido, interrogado e repatriado injustificadamente estudantes chineses nos Estados Unidos, causando grandes danos às partes envolvidas.

"Esperamos que o lado dos EUA trabalhe com a China para promover intercâmbios interpessoais e culturais com ações concretas e promover o desenvolvimento sólido e constante das relações China-EUA", disse Mao.