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Mais de 1,1 milhão de pessoas em Gaza enfrentam insegurança alimentar, diz ONU

Fonte: Diário do Povo Online    29.03.2024 09h20

Pessoas esperam para receber comida cozida num campo de refugiados no norte da Faixa de Gaza, em 27 de fevereiro de 2024. (Foto: Mohammed Ali/Xinhua)

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (ENUCAH) disse na quinta-feira (28) que mais de 1,1 milhão de pessoas na Faixa de Gaza enfrentam "um nível extremo de insegurança alimentar", enquanto Israel impede a ajuda de entrar no enclave.

A declaração, publicada na plataforma de redes sociais X, enfatizou a necessidade de distribuir ajuda alimentar suficiente através de rotas terrestres para salvar vidas, especialmente nas zonas norte da Faixa.

No entanto, “os impedimentos de acesso persistem e o tempo está se esgotando”, afirmou o ENUCAH.

Entretanto, fontes médicas anunciaram na quinta-feira a morte de uma criança na cidade de Beit Lahia, no norte de Gaza, devido à fome e à falta de tratamento disponível, elevando para 30 o número de mortes devido à desnutrição no enclave.

Pessoas recebem comida cozida num campo de refugiados no norte da Faixa de Gaza, em 27 de fevereiro de 2024. (Foto: Mohammed Ali/Xinhua)

Israel tem lançado uma ofensiva em grande escala contra o Hamas na Faixa de Gaza para retaliar contra o ataque do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, durante o qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas e mais de 250 foram feitas reféns.

Como resultado, o enclave costeiro sitiado, onde vivem cerca de 2,35 milhões de pessoas, enfrenta condições humanitárias difíceis, no meio de alertas internacionais de fome.

Entretanto, o Ministério das Relações Exteriores e Expatriados do Estado da Palestina alertou para o perigo da rejeição contínua por parte de Israel da implementação da última resolução do Conselho de Segurança da ONU que exige um cessar-fogo imediato durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã.

Numa declaração, apelou ao Conselho de Segurança da ONU para que tome as medidas necessárias para implementar a resolução e alcançar um cessar-fogo imediato, garantindo a proteção dos civis e a entrada sustentável da ajuda humanitária em todas as áreas do enclave por terra, ar e mar.

A declaração acusou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de "exportar as suas crises para os territórios palestinianos, para a região e para o mundo" e de usar uma política de pagar o preço ao lidar com todas as partes para mitigar a gravidade dessas crises e prolongar a sua estadia.

Pessoas esperam para receber comida cozida num campo de refugiados no norte da Faixa de Gaza, em 27 de fevereiro de 2024. (Foto: Mohammed Ali/Xinhua)

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