Epidemia de dengue no Brasil dispara com 650 mil casos e 113 mortes

Fonte: Xinhua    21.02.2024 10h51

O Brasil registra pelo menos 113 mortes por dengue este ano e há 438 mortes sendo investigadas, informou na segunda-feira o Ministério da Saúde.

Além disso, há 653.656 casos prováveis de dengue, um aumento de 294% em comparação com o mesmo período de 2023, ano em que o país bateu recorde de mortes pela doença.

Segundo o ministério, o nível atual de contaminação nunca tinha sido atingido tão rapidamente e a previsão das autoridades sanitárias é que o país pode chegar a registrar 4,2 milhões de casos até o final do ano.

Segundo o Painel de Vigilância de Arbovírus do Ministério da Saúde, Minas Gerais (sudeste) é o estado com maior número de casos: 218.066, praticamente um terço dos registros nacionais, sendo seguido por São Paulo (111.470), Distrito Federal (79.287), Paraná (69.991) e Rio de Janeiro (49.263).

Ao considerar a taxa de incidência de dengue por 100.000 habitantes como parâmetro, o Distrito Federal aparece como o cenário mais preocupante. Há 2.814 casos por 100.000 habitantes. Minas Gerais vem em seguida, com 1.061, sendo que quase metade dos municípios têm uma taxa de incidência superior a 300 casos-marca utilizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para delimitar quando uma situação é considerada epidêmica.

A vacinação contra a dengue, que começou este mês em municípios de todo o Brasil, não terá impacto na luta contra a doença em 2024, devido à quantidade limitada de imunizantes prevista e ao intervalo de três meses entre a aplicação da primeira e a segunda dose.

O Ministério da Saúde prevê vacinar cerca de 3,2 milhões de pessoas até o final do ano. Recentemente, o fornecimento do imunizante ao mercado privado brasileiro foi suspenso pelo fabricante, que priorizará a distribuição ao SUS (Sistema Único de Saúde).

A campanha de vacinação se concentrará em cerca de 500 municípios que foram priorizados devido às altas taxas de transmissão e incidência do serotipo 2 do vírus. As crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos foram definidos como o público-alvo e a Saúde recomenda que os municípios vacinem primeiramente a faixa de 10 e 11 anos.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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