Questão fronteiriça não é toda história das relações China-Índia, diz porta-voz da Defesa

Fonte: Xinhua    26.01.2024 10h57

A disputa fronteiriça é uma questão de legado entre a China e a Índia, mas não representa todo o quadro das relações bilaterais, apontou Wu Qian, porta-voz do Ministério da Defesa Nacional da China, em uma entrevista coletiva na quinta-feira.

Wu fez as observações quando solicitado a comentar uma declaração do ministro indiano das Relações Exteriores, Subrahmanyam Jaishankar, que disse que a China violou o consenso bilateral em 2020 e reuniu uma grande quantidade de forças militares ao longo da Linha de Controle Real (LCR), desencadeando assim o conflito no Vale de Galwan.

Observando que o Vale de Galwan fica do lado chinês do setor ocidental ao longo da LCR, Wu afirmou que o incidente relevante só aconteceu porque o lado indiano violou o consenso bilateral e fez provocações unilaterais. Portanto, a responsabilidade é inteiramente do lado indiano.

Nos últimos três anos, China e Índia mantiveram comunicação e coordenação por meio de canais militares e diplomáticos, de acordo com Wu.

Até agora, as forças armadas dos dois lados tiveram 20 rodadas de Reuniões do Nível do Comandante do Corpo e concordaram em se desvincular em quatro pontos, ou seja, o Vale de Galwan, o Lago Pangong, Fontes Termais e Jianan Daban, contribuindo para o abrandamento das tensões ao longo da fronteira, lembrou Wu.

"É imprudente e inadequado para o lado indiano vincular a questão da fronteira com as relações gerais. Essa abordagem vai contra os interesses compartilhados dos dois países", ressaltou o porta-voz.

"Esperamos que o lado indiano possa trabalhar com o lado chinês para o mesmo objetivo, aumentar a confiança mútua estratégica, lidar adequadamente com as diferenças e salvaguardar a paz e a tranquilidade nas áreas fronteiriças", acrescentou Wu.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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