A China deplora veementemente e se opõe firmemente à aprovação dos Estados Unidos da chamada lei relacionada a Taiwan e tem feito sérias representações ao lado americano, disse uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores nesta terça-feira.
É relatado que a Câmara dos Representantes dos EUA aprovou recentemente a Lei de Não Discriminação de Taiwan de 2023, exigindo que o secretário do Tesouro use a influência dos EUA no Fundo Monetário Internacional (FMI) para apoiar a adesão de Taiwan a esta organização.
Em resposta a uma pergunta relacionada, a porta-voz Mao Ning disse em uma coletiva de imprensa diária que os Estados Unidos aprovaram a chamada lei para interferir grosseiramente nos assuntos internos da China e tentar manipular a questão de Taiwan para fins políticos para criar "duas Chinas" e "uma China, uma Taiwan". "Deploramos veementemente e nos opomos firmemente a isso, e temos feito sérias representações ao lado dos EUA."
"Taiwan não tem qualquer fundamento, razão ou direito para aderir à ONU, ou a qualquer outra organização internacional cuja adesão esteja confinada a Estados soberanos", sublinhou Mao.
Mao observou que, em 25 de outubro de 1971, a 26ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) adotou, com uma esmagadora maioria, a Resolução 2758, que "decide restaurar todos os seus direitos à República Popular da China e reconhecer os representantes de seu Governo como os únicos representantes legítimos da China nas Nações Unidas" e expulsar imediatamente os representantes das autoridades taiwanesas" do lugar que ocupam ilegalmente".
De uma vez por todas, a Resolução 2758 da AGNU resolveu, politicamente, legalmente e processualmente, a questão da representação de toda a China, incluindo Taiwan, na ONU. Também deixou claro que só pode haver um assento representando a China na ONU, que é a República Popular da China, disse Mao.
Ao longo do último meio século e mais, a Resolução 2758 vem sido observada pela ONU, agências especiais como o FMI e outras organizações internacionais e regionais, disse Mao, acrescentando que quaisquer questões relativas à participação da região de Taiwan nas atividades de organizações internacionais devem ser tratadas de acordo com o princípio de Uma Só China.
Os Estados Unidos devem entender completamente a natureza altamente sensível da questão de Taiwan e parar imediatamente de usar a questão de Taiwan para interferir nos assuntos internos da China, de enviar sinais errados às forças de "independência de Taiwan" e de minar relações China-EUA e a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, disse Mao.