Editorial: cuidados infantis exigem maiores contribuições para setor pediátrico

Fonte: Diário do Povo Online    28.11.2023 10h37

Editorial do jornal China Daily, publicado a 28 de novembro

Crianças e pais aguardam no departamento de pediatria do Hospital Guang'anmen, em Beijing, no domingo. [Foto de Du Lianyi/China Daily]

Relatórios divulgados pelo Centro Nacional de Gripe indicam que, nas últimas semanas, a incidência de casos de gripe na China tem aumentado continuamente.

Na semana passada, a Comissão Nacional de Saúde instou as localidades relevantes a reforçar o planeamento geral e a implementar um sistema hierárquico de diagnóstico e tratamento.

Recomenda-se que as crianças com sintomas ligeiros de infeção do sistema respiratório ou pneumonia procurem primeiro clínicas de base a nível comunitário para tratamento, a fim de reduzirem a afluência aos principais hospitais. Os pais devem tomar as devidas precauções face ao risco elevado de infeções cruzadas em hospitais que estão atualmente sob forte demanda.

O fato de serem necessárias mais de 24 horas para consultar um pediatra após o registo hospitalar em algumas cidades, deve levar as autoridades centrais a aumentar a sua contribuição para os departamentos pediátricos.

No contexto do abrandamento da taxa de natalidade nos últimos anos, a escassez de quadros pediátricos em todo o país acaba por ser facilmente ignorada.

Devido à grande carga de trabalho e ao estatuto comparativamente inferior dos pediatras no sistema hierárquico dos quadros médicos do país, no qual oncologistas, ortopedistas, cardiologistas, oftalmologistas e estomatologistas são geralmente tidos em maior consideração, poucos estudantes de medicina demonstram interesse em se formar em pediatria.

A escassez de pediatras coexiste com a relutância dos hospitais em investir em departamentos pediátricos, pois não consideram que os últimos contribuam para o aumento global de receitas.

Em comparação com os adultos, as crianças têm menos resistência contra doenças e são mais propensas a necessitar de tratamento médico intensivo durante as épocas em que as doenças infecciosas são mais prevalentes. Os recursos médicos pediátricos devem ser ajustados de forma dinâmica e em tempo real.

O governo precisa, portanto, de aumentar seus subsídios aos hospitais para que estes possam expandir os seus departamentos pediátricos. Os serviços médicos pediátricos básicos devem ser considerados um bem público essencial.

O aumento da oferta de recursos médicos para as crianças deveria, sem dúvida, ser parte integrante dos esforços do governo para incentivar os partos e aliviar os encargos com os cuidados infantis.

(Web editor: Renato Lu, 符园园)

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