A Universidade de Comunicação da China (CUC na sigla em inglês), localizada em Beijing, realizou a Cerimônia de graduação de 2023 na quarta-feira (28), com a primeira mestre em transmissão com deficiência visual do país, Dong Lina, se formando na ocasião.
Em comparação com os alunos normais, Dong Lina, que é cega, passou por mais dificuldades para obter seu diploma: "Contei com um software de escuta e leitura do computador para fazer a digitação e realizar a leitura de mais de 10 milhões de palavras e concluir uma tese de 60.000 palavras".
Nascida em Dalian, província de Liaoning, nordeste da China, ela nasceu com ambliopia congênita e perdeu completamente a visão aos 10 anos de idade. "Não acho que sou pior do que nenhuma pessoa. Também consigo ir à escola como os demais", disse ela avaliando tudo o que aconteceu.
Aos oito anos de idade, ela estudou na escola para cegos e surdos de Dalian, tendo lido centenas de livros num período de nove anos na biblioteca da escola.
Infelizmente, naquela época, ela não participou de vestibular nacional com os outros colegas sem deficiência. Para se sustentar, ela matriculou-se numa escola técnica local para cegos para estudar massagem e, mais tarde, trabalhou nesta área para aliviar a carga financeira de sua família.
Durante seus três anos como massoterapeuta, ela passou todo o seu tempo livre estudando inglês.
Então, por ocasião, ela começou a estudar radiodifusão, especialmente para treinar seu mandarim, obtendo um certificado de grau A+ no idioma.
Em 2010, ela se inscreveu no Concurso Nacional de Recitação e ganhou o segundo prêmio. Com a ajuda dos professores do comitê organizador, ela conquistou a oportunidade de estudar na Universidade de Comunicação da China e obteve um diploma de bacharel em radiodifusão e hospedagem por meio de exames.
Em 2019, ela tomou outra decisão importante: matriculou-se num mestrado em tempo integral em comunicação e hospedagem em chinês.
Passados três anos, ela concluiu seu mestrado com seus colegas, tendo apresentado uma tese com 60.000 palavras. "Sou perfeccionista, como ia escrever uma tese, precisava atender aos mesmos padrões que as pessoas sem deficiência visual".
Dong Lina obteve seu diploma de mestre este ano.
