China pede ao Japão que trate com segurança a água contaminada de usina nuclear

Fonte: Xinhua    02.02.2023 08h27

Mao Ning, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, pediu na quarta-feira mais uma vez ao Japão que responda às preocupações legítimas de todas as partes pertinentes e trate a água contaminada de usina nuclear de maneira científica, aberta, transparente e segura.

De acordo com a mídia, a força-tarefa técnica da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) visitou o Japão de 16 a 20 de janeiro para revisar o plano do país de canalizar a água contaminada da usina nuclear de Fukushima Daiichi para o Oceano Pacífico, e um relatório será publicado dentro de três meses. No entanto, o governo japonês anunciou unilateralmente em 13 de janeiro que descarregaria a água contaminada no oceano na primavera ou no verão deste ano.

Em resposta a uma pergunta relacionada, a porta-voz Mao Ning disse em uma coletiva de imprensa diária que a China está prestando muita atenção ao descarte de água contaminada pelo Japão e apoia a AIEA e sua força-tarefa técnica na condução da revisão e avaliação dessa questão.

"Esperamos que a força-tarefa técnica defenda os princípios de objetividade, justiça e ciência, implemente rigorosamente os padrões de segurança nuclear da agência e garanta a segurança absoluta do descarte da água contaminada nuclear. Aguardamos o relatório da força-tarefa técnica sobre revisão e vamos estudá-lo cuidadosamente", disse ela.

Não há precedente para o despejo de água contaminada nuclear no oceano pelo Japão, e esse processo de descarga continuará por até 30 anos. Até o momento, o lado japonês não forneceu uma suficiente base científica ou factual para isso, nem resolveu as preocupações da comunidade internacional sobre a legitimidade de seu plano de descarga de água contaminada nuclear, a confiabilidade de seus dados, a eficácia de seus dispositivos de purificação e a incerteza do potencial impacto ambiental, enfatizou Mao.

A China observou com preocupação que o lado japonês aprovou oficialmente o plano para descarregar a água contaminada nuclear no oceano em julho passado, quando a força-tarefa técnica da AIEA ainda estava revisando e avaliando-o. Não muito tempo atrás, na véspera da visita da AIEA ao Japão, este anunciou unilateralmente que descarregaria a água contaminada nuclear no oceano durante a primavera ou o verão deste ano, disse Mao.

Tal comportamento imprudente desperta questões sobre se o Japão valoriza a autoridade da AIEA e sua força-tarefa técnica. O Japão está determinado a prosseguir com o seu plano de despejo unilateral, independentemente do resultado da avaliação? É necessário que o Japão dê respostas responsáveis a essas perguntas, disse ela.

A China mais uma vez insta o Japão a responder às preocupações legítimas de todas as partes pertinentes, tratar a água contaminada nuclear de maneira científica, aberta, transparente e segura, aceitar uma supervisão rigorosa e proteger seriamente o ambiente marinho, os direitos e interesses de saúde das pessoas de todos os países, disse Mao.

"Sem consulta completa com os países vizinhos e outras partes envolvidas, bem como com as instituições internacionais relacionadas, o Japão não deve iniciar o processo de despejo arbitrariamente", acrescentou.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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