Lula afirma que Brasil "lutará sem trégua" contra crimes ambientais

Fonte: Xinhua    17.11.2022 13h25

O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que "lutará sem trégua" contra os crimes ambientais no país e prometeu que reforçará as organizações de aplicação da lei e os sistemas de vigilância ambiental.

"Vamos fortalecer os órgãos de fiscalização e os sistemas de monitoramento, que foram desmantelados nos últimos quatro anos. Vamos punir com todo o rigor os responsáveis por qualquer atividade ilegal, seja garimpo, mineração, extração de madeira ou ocupação agropecuária indevida", destacou em discurso nesta quarta-feira na Conferência da ONU sobre o Clima (COP27), que se realiza no Egito.

Lula reiterou que o compromisso com a defesa do meio ambiente e contra as mudanças climáticas será uma das bandeiras de seu governo.

"Não podemos continuar prometendo e não cumprindo porque seremos vítimas de nós mesmos", disse Lula, recordando os compromissos acordados na COP15 de Copenhague em 2009, na qual os países mais ricos se comprometem a destinar, a partir de 2020, US$ 100 bilhões por ano para ajudar os países menos desenvolvidos a enfrentar as mudanças climáticas.

"Minha volta é também para cobrar o prometido", comentou, em uma alusão ao fato de que foi presidente do Brasil entre 2003 e 2010.

Em seu pronunciamento, o presidente eleito ressaltou também a importância dos povos indígenas na defesa da floresta Amazônica.

"Esses crimes ambientais afetam especialmente os povos indígenas. Por isso, vamos criar o Ministério dos Povos Originários, para que eles mesmos possam apresentar propostas de governo que lhes garantam a paz e a sobrevivência. Eles serão os primeiros parceiros, agentes e beneficiários de um modelo de desenvolvimento local", explicou.

Durante seu discurso, Lula enfatizou que seu governo terá um posicionamento internacional ativo, diferente dos quatro anos de mandato de Jair Bolsonaro, nos quais o Brasil se tornou um pária no plano mundial.

"Quero dizer que o Brasil está de volta para se reconectar com o mundo; para ajudar de novo a combater a fome no mundo e para cooperar com os países mais pobres, especialmente da África e da América Latina", assegurou.

Aplaudido de pé, o presidente eleito encerrou seu discurso no qual ressaltou que "o mundo tem pressa de ver o Brasil participando novamente das discussões do futuro do planeta".

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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