O vice-presidente eleito do Brasil, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira que espera "contribuir ao máximo" para o fortalecimento das relações entre o Brasil e a China durante o governo que começará em 1º de janeiro de 2023.
Em mensagem divulgada no encerramento da Conferência Anual do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), uma entidade não governamental que reúne líderes empresariais, diplomáticos e acadêmicos do país.
Em seu pronunciamento, Alckmin destacou a prioridade que a questão da sustentabilidade terá no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e disse que a administração apostará na "segurança jurídica para atrair investimentos estrangeiros", principalmente em logística e infraestrutura.
A Conferência Anual do CEBC teve como tema Brasil e China -- Construindo Pontes para uma Nova Ordem Mundial, e começou com a participação do atual vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, que defendeu uma postura pragmática e flexível em um momento de crescentes incertezas internacionais.
"A confiança, a estabilidade e a visão a longo prazo dão um verdadeiro sentido estratégico à parceria entre Brasil e China", afirmou Mourão, que assumirá uma cadeira no Senado em fevereiro próximo, desde a qual, assegurou, pretende continuar promovendo as relações sino-brasileiras.
Enquanto vice-presidente do atual governo, Mourão encabeçou durante os últimos quatro anos os trabalhos da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN), principal mecanismo de diálogo bilateral, função que será desempenhada por Alckmin a partir de 2023.
Em mensagem enviada do Egito, onde participa da COP27, Marcos Troyjo, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento com sede em Shanghai (China), destacou o potencial de crescimento da China e sua importância para o Brasil.
Troyjo lembrou que no início deste século o intercâmbio bilateral entre Brasil e China era cerca de US$ 1 bilhão anuais, valor que atualmente, é atingido a "cada 60 horas" .
Participaram também da Conferência Anual do CEBC o presidente da entidade, embaixador Luiz Augusto de Castro Neves, e o ex-embaixador do Brasil na China, Marcos Caramuru.