O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, recebeu nesta segunda-feira no Palácio do Planalto integrantes da missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) que vão observar as eleições no país no dia 2 de outubro.

O ex-chanceler paraguaio Rubén Ramírez Lezcano, que chefia a missão, qualificou a reunião de "muito cordial" e explicou que haverá encontros com os demais candidatos presidenciais, representantes de partidos políticos, do Tribunal Superior Eleitoral e outras organizações da sociedade civil.

"A nossa missão é absolutamente de observação, no respeito da institucionalidade do Brasil, promovendo a participação dos cidadãos brasileiros ao voto", acrescentou Lezcano. Após a realização das eleições, a OEA apresentará um relatório preliminar com observações e recomendações.

Os observadores, de 17 nacionalidades diferentes, serão enviados aos estados, do Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, além do Distrito Federal e também haverá acompanhamento de votações no exterior: Porto (Portugal), Miami e Washington (EUA) foram as cidades escolhidas.

Segundo a OEA, a equipe da missão conta com "especialistas que irão monitorar os aspectos chave em matéria de tecnologia e organização eleitoral, votação no exterior, justiça eleitoral, financiamento político, campanhas e liberdade de expressão, participação política de mulheres, participação de grupos indígenas e afrodescendentes e violência eleitoral".

Essa é a terceira vez que a OEA envia uma missão para observar os processos eleitorais no Brasil. Em 2018 e 2020, os informes produzidos pelo grupo não indicaram nenhum padrão de fraude eleitoral.

Além da OEA, a eleição também será acompanhada pela União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore), pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Carter Center e Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais.