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Chefe do Legislativo chinês diz que China defende mundo multipolar e cooperação no Extremo Oriente

Fonte: Xinhua    09.09.2022 13h40

Li Zhanshu, presidente do Comitê Permanente da Assembleia Popular Nacional (APN), expressou na quarta-feira o apoio da China a um mundo multipolar e à cooperação regional no Extremo Oriente.

Li fez as observações ao discursar na sessão plenária do 7º Fórum Econômico Oriental (EEF, na sigla em inglês) na cidade de Vladivostok, no Extremo Oriente da Rússia.

Li apresentou o discurso intitulado "Avançar no Processo da Multipolarização Mundial e Abrir um Novo Capítulo na Cooperação Regional". O presidente russo, Vladimir Putin, o presidente do Conselho de Administração Estatal de Mianmar, Min Aung Hlaing, o primeiro-ministro mongol, Luvsannamsrai Oyun-Erdene, e o primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, também falaram presencialmente no evento.

Por sua parte, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, o primeiro-ministro malaio, Ismail Sabri Yaakob, e o primeiro-ministro vietnamita, Pham Minh Chinh, emitiram mensagens por vídeo.

Li recordou que a convite do presidente Putin, o presidente chinês, Xi Jinping, participou do EEF em duas ocasiões e pronunciou importantes discursos, apresentando as propostas e iniciativas da China sobre o desenvolvimento das relações China-Rússia, a promoção da cooperação regional mutuamente benéfica e a manutenção da paz e estabilidade regionais, o que recebeu uma cálida resposta da comunidade internacional.

O tema do EEF deste ano, "No Caminho de um Mundo Multipolar", condiz com o momento, indicou Li, acrescentando que um mundo multipolar é a tendência da história e a expectativa comum da comunidade internacional.

Ele disse que desde o ano passado o presidente Xi apresentou a Iniciativa de Desenvolvimento Global (IDG) e a Iniciativa de Segurança Global (ISG), que receberam respostas e apoio de organizações internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e de muitos países, incluindo a Rússia, o que injetou estabilidade e energia positiva no mundo, contribuindo com a sabedoria chinesa e o plano chinês para resolver problemas contemporâneos.

A China continuará trabalhando com a comunidade internacional e tomará medidas sustentadas e vigorosas para garantir que as duas iniciativas se enraizem e deem frutos, a fim de gerar benefícios tangíveis para as pessoas de todo o mundo, disse Li.

Em fevereiro deste ano, o presidente Xi e o presidente Putin atingiram muitos consensos importantes sobre a expansão da cooperação prática integral entre a China e a Rússia, além de praticar a visão da governança global caracterizada pela consulta extensiva, contribuição conjunta e benefícios compartilhados, indicou Li.

Como a China é um parceiro importante da Rússia no desenvolvimento do Extremo Oriente, a cooperação bilateral nesta região é uma parte importante da cooperação promovida e planejada pessoalmente pelos dois chefes de Estado, disse.

A China reforçará ainda ainda mais a cooperação integral com a Rússia em comércio, energia, agricultura, construção de infraestruturas, ciência e tecnologia, educação, tratamento médico e cultura, disse Li, acrescentando que a China continuará apoiando e participando do desenvolvimento do Extremo Oriente da Rússia, impulsionando o acoplamento profundo entre a revitalização plena do nordeste da China e a estratégia nacional de desenvolvimento do Extremo Oriente da Rússia, e promovendo a cooperação frutífera entre os dois países no Extremo Oriente.

Como o Nordeste Asiático é uma das regiões mais dinâmicas do mundo, intensificar o desenvolvimento e a cooperação no Extremo Oriente abrirá oportunidades importantes para promover a segurança e o desenvolvimento regionais, sublinhou.

O chefe do Legislativo chinês apresentou uma proposta de três pontos.

Primeiro, a ISG deve ser implementada para manter a paz e a estabilidade regionais. Para construir um lar comum harmonioso e pacífico não há outro caminho para além da colaboração de todas as partes. Todas as partes devem defender a visão de segurança comum, abrangente, cooperativa e sustentável, perseguir o diálogo em vez da confrontação, procurar a parceria em vez da aliança, trabalhar pela unidade em vez da divisão, aderir ao princípio da indivisibilidade da segurança e injetar energia positiva na paz e na estabilidade regionais.

Segundo, a IDG deve ser implementada para promover a abertura e a integração regionais. Esforços devem ser feitos para impulsionar as parcerias, unir os recursos e as plataformas de cooperação, fortalecer a conectividade das políticas de desenvolvimento, aproveitar o potencial de crescimento inovador, manter seguras e livres as cadeias industriais e de fornecimento e criar um ambiente de comércio e investimento mais estável, seguro e livre para injetar novo impulso à globalização econômica.

Terceiro, as estratégias de desenvolvimento devem ser sinergizadas para fortalecer a cooperação China-Rússia no Extremo Oriente. A China implementará integralmente os consensos importantes atingidos pelos presidentes Xi e Putin, trabalhará ativamente para oferecer sinergias à Iniciativa do Cinturão e Rota e à União Econômica Euroasiática e enriquecerá o conteúdo da cooperação no Extremo Oriente. Para este fim, os órgãos legislativos dos dois países devem intensificar a coordenação para proporcionar garantia legislativa.

A China apoia firmemente e promove ativamente um mundo multipolar, indicou Li, acrescentando que a China está disposta a trabalhar com a Rússia e com outros países da região para aprofundar a cooperação do Cinturão e Rota, escrever um capítulo magnífico de cooperação regional no Nordeste Asiático e fazer esforços incansáveis para promover a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade.

Na sessão de perguntas e respostas, Li respondeu a perguntas sobre as atuais relações China-Rússia e as perspectivas da cooperação bilateral no Extremo Oriente.

Na manhã do mesmo dia, Li se reuniu com Oleg Kozhemyako, governador do território russo de Primorye, e visitou um complexo artístico e cultural em Vladivostok, em cuja construção a China participou.

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