Português>>Mundo

Troca de tiros entre Israel e Gaza continua pelo segundo dia, com 15 mortos

Fonte: Xinhua    08.08.2022 10h40

A troca de tiros entre Israel e a Jihad Islâmica Palestina (PIJ) continuou pelo segundo dia no sábado, deixando pelo menos 15 mortos, incluindo uma menina de cinco anos, e 125 feridos na Faixa de Gaza.

No sábado, o Ministério da Saúde palestino afirmou em um breve comunicado que um palestino foi morto e outro ferido em um ataque aéreo israelense na cidade de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.

Tayseer al-Jabari, comandante do braço armado da PIJ, e três de seus assessores foram mortos quando aviões de guerra israelenses bombardearam um apartamento residencial em uma torre palestina no centro de Gaza que abriga escritórios de mídia.

Enquanto isso, os militantes da PIJ continuaram disparando mísseis da Faixa de Gaza contra Israel, enquanto sirenes eram ouvidas na cidade de Ashkelon, no sul, e em outras cidades israelenses próximas a Gaza.

"Não se fala em calma ou mediação" com o contínuo bombardeio israelense em Gaza, afirmou a PIJ em comunicado, alertando que a situação na Faixa de Gaza "está caminhando para uma escalada".

Desde sexta-feira, mais de 160 mísseis foram disparados contra Israel, 30 dos quais falharam em Gaza, e 60 foram interceptados pelos sistemas de defesa Iron Dome, enquanto o restante caiu em áreas abertas e no mar, segundo o exército israelense.

A mídia israelense informou que o exército está pronto para pelo menos uma semana de combates na Faixa de Gaza.

Desde sexta-feira, caças israelenses lançaram mais de 30 ataques aéreos em mais de 40 alvos pertencentes à PIJ em Gaza, incluindo lançadores de foguetes, oficinas para produção de armas, armazéns para armazenamento de foguetes e postos de observação, segundo o Exército. A mídia informou que 55 mísseis foram disparados contra os alvos.

Em um breve comunicado enviado à Xinhua na noite de sexta-feira, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) alertou que a escalada em andamento na Faixa de Gaza "está fora de controle e terá sérias consequências para a população".

O Ministério das Relações Exteriores da Palestina afirmou em um comunicado à imprensa que considera o governo israelense "total e diretamente responsável pela agressão e crimes praticados em Gaza".

"Foi o governo israelense que iniciou a perigosa escalada. É o direito do povo palestino, que está sujeito a assassinatos e destruição, de se defender", afirmou o ministério.

A tensão aumentou depois que as forças israelenses prenderam um alto funcionário da PIJ na cidade de Jenin, na Cisjordânia, na segunda-feira. A PIJ prometeu se vingar, levando os militares israelenses a aumentar seu alerta ao longo da fronteira com Gaza.

Israel e o Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, travaram várias guerras no enclave palestino nos últimos anos, sendo a última em maio de 2021.

comentários

  • Usuário:
  • Comentar: