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Varíola dos macacos atinge Europa e Américas mais duramente, diz OMS

Fonte: Xinhua    29.07.2022 09h59

A Europa e as Américas foram as mais afetadas pelo surto de varíola dos macacos, disse o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, a jornalistas nesta quarta-feira.

Essas duas regiões relataram 95 por cento dos casos diagnosticados, disse ele, alertando contra o estigma e a discriminação nas mensagens de varíola dos macacos.

Mais de 18.000 casos de varíola dos macacos foram relatados à OMS em 78 países. Mais de 70 por cento destes vieram da região europeia e 25 por cento das Américas, disse ele.

Ele disse que 98 por cento dos casos relatados ocorreram entre homens que se relacionam sexualmente entre si, enfatizando que o estigma e a discriminação podem ser "tão perigosos quanto qualquer vírus e podem alimentar o surto".

"Como vimos com a desinformação de COVID-19", ela pode se espalhar rapidamente on-line, disse ele, "então pedimos às plataformas de mídia social, empresas de tecnologia e organizações de notícias que trabalhem conosco para prevenir e combater informações prejudiciais".

No sábado passado, a OMS declarou oficialmente a varíola dos macacos uma emergência de saúde pública de interesse internacional (PHEIC). Um PHEIC é o maior nível de alerta que o órgão de saúde da Organização das Nações Unidas (ONU) pode declarar.

A OMS tem pedido aos países que levem a sério o surto de varíola dos macacos, tomando as medidas necessárias para interromper a transmissão e proteger os grupos vulneráveis. "A melhor maneira de fazer isso é reduzir o risco de exposição e fazer escolhas seguras", disse ele.

"Para homens homoafetivos, isso inclui, no momento, reduzir o número de parceiros sexuais, reconsiderar relações sexuais com novos parceiros e trocar detalhes de contato com novos parceiros para permitir o acompanhamento, se necessário".

Enquanto isso, o Canadá, a União Europeia e os EUA já aprovaram a vacina chamada MVA-BN (Modified Vaccinia Ankara -- Bavarian Nordic) para uso contra a varíola dos macacos, e duas outras vacinas também estão sendo avaliadas. No entanto, devido à falta de dados sobre a eficácia e dosagem das vacinas, a OMS atualmente não recomenda a vacinação em massa contra a varíola dos macacos. Também pede que todos os países que estão administrando essas vacinas coletem e compartilhem dados críticos sobre sua eficácia.

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