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Especialistas chineses e brasileiros discutem perspectivas da Internet das Coisas

Fonte: Xinhua    29.07.2022 08h40

Especialistas chineses e brasileiros discutiram nesta quarta-feira as perspectivas da Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), a tecnologia que permite a conexão entre dispositivos e que ganhará mais força com a difusão do 5G, e o potencial de cooperação entre os dois países nessa área.

Os especialistas trocaram pontos de vista em um seminário organizado pelo Conselho Empresarial Brasil-China em parceria com a Embaixada da China no Brasil, o Ministério do Comercio da China (MOFCOM) e a Escola Internacional de Negócios da Universidade de Zhejiang (ZIBS).

O evento, intitulado "Internet das Coisas: em Direção a uma Nova Realidade entre Humanos e Máquinas", foi aberto pelo presidente do CEBC, embaixador Luiz Augusto de Castro Neves, e pelo Encarregado de Negócios da Embaixada da China no Brasil, Jin Hongjun.

Participaram do debate executivos de grandes empresas que atuam no setor, como as gigantes tecnológicas Huawei e Xiaomi, e as operadoras brasileiras de telecomunicações Vivo e TIM.

A visão acadêmica do tema foi apresentada por Pan Helin, codiretor do Centro de Pesquisa de Economia Digital e Inovação Financeira da ZIBS, que explicou que a Internet das Coisas só é possível a partir do desenvolvimento do padrão 5G, combinado com outras tecnologias inovadoras, como a Inteligência Artificial e a Robótica.

"Quando se fala de IoT, não se pode sair de três temas: infraestrutura, cenário de aplicação -cada país tem uma realidade diferente- e, em terceiro lugar, os dados Isso é o que indica a experiência muito valiosa da China, ressaltou.

"Creio que a internet vai mudar enormemente nossa rotina e esse vínculo da internet com a IOT está se mostrando uma ferramenta muito eficaz para o crescimento econômico", destacou.

Na China, a IoT é um fator chave na revolução digital do país, já que Beijing se comprometeu desde o princípio com o desenvolvimento da tecnologia.

Atualmente, a China é um dos principais atores na promoção da IoT a nível internacional e se espera que supere os Estados Unidos para se converter no maior mercado de IoT em 2024, segundo um relatório da Internacional Data Corporation (IDC).

"Está muito clara a importância de observar e estudar a experiência da China, que é uma experiência líder hoje no mundo, desde a tecnologia de IoT junto a redes 5G", sublinhou Felipe Zmoginski, colunista de tecnologia do portal UOL, moderador do evento.

A Huawei esteve representada por Bruno Zitnick, diretor de Relações Públicas da empresa no Brasil; Xiaomi, por Xu Lei, seu diretor de Relações Públicas para América Latina; a Vivo, por Leandro Rebouças, seu chefe de Marketing e Produtos IoT; e a TIM, por Paulo Humberto Correa, diretor de Soluções Corporativas da companhia.

Correa ressaltou que a implantação do 5G no Brasil já está disponível na capital Brasília e estará habilitado em todas as capitais estaduais até o fim do ano, e se realiza com o desenvolvimento tecnológico mais recente, o que permite aplicações industriais de ponta.

A expectativa é que a infraestrutura 5G permita um rápido desenvolvimento de aplicações, tanto na produção como na vida diária das pessoas, graças à alta velocidade, à baixa latência e à ampla conectividade.

"O Brasil demorou a fazer uma licitação, mas tomou a decisão de ter o chamado 5G puro ou 5G standalone. Então, estamos implantando no país a última versão do 5G e que habilita todas as suas características", assegurou.

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