Os ministros das Relações Exteriores da China, Mianmar, Laos, Camboja, Tailândia e Vietnã participaram nesta segunda-feira em Mianmar da sétima Reunião dos Ministros das Relações Exteriores da Cooperação Lancang-Mekong (CLM), com os participantes concordando em adotar seis novas direções de cooperação e aprofundar a colaboração em diversos âmbitos.
O conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse na reunião que desde o início da CLM, os seis países participantes trabalharam estreitamente para impulsionar o desenvolvimento de alta qualidade deste novo tipo de mecanismo subregional, forjando com sucesso o "modelo dourado" de cooperação regional e gerando benefícios reais para os povos dos seis países.
Wang espera que os países da CLM continuem defendendo o conceito de "desenvolvimento, igualdade, praticidade, eficiência, abertura e inclusão", procurem a cooperação como sempre, promovam o desenvolvimento em união, construam conjuntamente as zonas de demonstração de alta qualidade da Iniciativa do Cinturão e Rota, as zonas pioneiras da Iniciativa de Desenvolvimento Global (IDG), e as zonas piloto da Iniciativa de Segurança Global (ISG).
Ao fazê-lo, serão construídos um cinturão de desenvolvimento econômico Lancang-Mekong mais forte e uma comunidade Lancang-Mekong mais estreita com um futuro compartilhado, acrescentou.
Wang indicou que desde o ano passado os seis países da CLM colaboraram para lutar contra a pandemia da COVID-19, acelerar a conectividade, construir o motor do desenvolvimento, implementar ativamente a cooperação regional, e expandir a cooperação sobre as condições de vida das pessoas, contribuindo enormemente à promoção da estabilidade e prosperidade regionais.
Na reunião, Wang propôs seis direções de cooperação para os países da CLM, incluindo o fortalecimento da orientação estratégica, o aprofundamento da integração econômica, a ampliação da cooperação agrícola, a adesão ao desenvolvimento ecológico, o estímulo da cooperação digital e a melhora dos intercâmbios culturais e entre pessoas, com o fim de elevar a CLM a um nível superior.
Wang anunciou que a China implementará seis medidas que beneficiarão os países ao longo do rio Mekong. Elas incluem um plano de ação sobre a cooperação agrícola, um projeto de benefício sobre recursos hídricos, um mapa de cooperação sobre a economia digital, um plano de cooperação espacial, um planejamento de talentos e um plano de cooperação em saúde pública Lancang-Mekong.
Todas as partes concordaram com as seis novas direções de cooperação e deram boas-vindas aos seis planos propostos pela China. Prometeram continuar defendendo os espíritos de respeito mútuo, confiança mútua, unidade e coordenação e aprofundando a cooperação em áreas-chave para tornar a CLM uma força para obter um desenvolvimento inclusivo e sustentável e tornar os seis países do Lancang-Mekong uma comunidade que proteja a igualdade soberana e o multilateralismo.
A CLM se tornou uma importante plataforma subregional para guiar ações, melhorar as condições de vida e dar prioridade ao desenvolvimento, o que demonstrou grande vitalidade, disse Wang.
Ele pediu aos seis países que compartilhem os resultados de desenvolvimento e enfrentem juntos os desafios, ofereçam "a sabedoria da CLM" para a recuperação econômica, injetem "o ímpeto da CLM" para a prosperidade e a revitalização regionais e proporcionem "a experiência da CLM" à Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.
Um comunicado conjunto foi emitido depois da reunião, que também adotou declarações conjuntas sobre segurança comercial alfandegária e facilitação do despacho alfandegário, cooperação agrícola e segurança alimentar, gestão de desastres e intercâmbio e aprendizagem mútuos entre civilizações.
A reunião também divulgou um relatório sobre o avanço em 2021 no plano de ação quinquenal da CLM (2018-2022) e uma lista de projetos do Fundo Especial da CLM para 2022.
A Cooperação Lancang-Mekong é integrada por seis países: China, Camboja, Mianmar, Laos, Tailândia e Vietnã. O rio Lancang nasce no Planalto Qinghai-Tibet no sudoeste da China. Chama-se rio Mekong quando flui através dos outros cinco países antes de desembocar no mar.
