A China apresentou representações solenes aos Estados Unidos sobre as sanções impostas a cinco empresas chinesas, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, na quarta-feira, instando os EUA a revogá-las imediatamente.
Os EUA adicionaram cinco empresas chinesas a uma lista negra comercial na terça-feira por, alegadamente, apoiarem a base industrial militar e de defesa da Rússia, informou a Reuters.
Tais sanções não têm fundamento no direito internacional, nem foram concedidas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, disse Zhao em entrevista coletiva diária.
"São sanções unilaterais e jurisdição de longo alcance impostas pelos EUA. A China sempre se opôs a elas firmemente", disse, acrescentando que a China tomará todas as medidas necessárias para proteger os direitos legais das empresas chinesas.
Os EUA, ao gerirem sua relação com a Rússia, não devem comprometer os interesses legítimos da China, disse Zhao.
"A China e a Rússia realizam uma cooperação comercial normal, com base no respeito e benefício mútuo. Essa relação não deve ser alvo de interferência ou restrição por parte de terceiros", acrescentou.
A China tem desempenhado um papel construtivo na promoção de negociações sobre a questão da Ucrânia e não forneceu assistência militar às partes envolvidas no conflito, disse a embaixada chinesa nos Estados Unidos em entrevista ao jornal Global Times na quarta-feira.
A China e a Rússia mantiveram uma cooperação normal em energia e comércio. Os interesses legais das empresas chinesas não devem ser prejudicados.