Caso de Assange mostra hipócrita da "liberdade de imprensa" britânica, diz porta-voz

Fonte: Xinhua    21.06.2022 10h00

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês disse na segunda-feira que o que acontece com o fundador do Wikileaks, Julian Assange, reflete a hipocrisia da chamada manutenção da liberdade de imprensa pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido.

O porta-voz Wang Wenbin fez as observações em uma coletiva de imprensa diária depois que o governo do Reino Unido aprovou na sexta-feira a extradição de Assange para os Estados Unidos, onde ele poderá pegar até 175 anos de prisão.

"O Wikileaks divulgou um grande número de documentos sobre as guerras dos EUA no Afeganistão e Iraque e revelou fatos sobre as operações de hackers cibernéticos da CIA", disse Wang, observando que, por esta razão, o governo dos EUA teceu muitas acusações por mais de uma década para continuar a reprimir Assange e tentar prendê-lo.

Ele disse que o Reino Unido não poupou esforços para cooperar com os EUA na prisão e extradição de Assange e processou o caso em alta velocidade, o que demonstra a fidelidade do Reino Unido à sua relação especial com os EUA, e destaca o fato de que os EUA e o Reino Unido têm trabalhado de mãos dadas para repremir transnacionalmente determinados indivíduos.

"O caso de Assange é um espelho que reflete a hipocrisia dos EUA e do Reino Unido sobre a 'liberdade de imprensa'", disse Wang.

Ele apontou que as pessoas são livres para expor outros países, mas sujeitas a punições severas se exporem os EUA, o Reino Unido e seus aliados; as pessoas são tratadas como heróis se expuserem outros países ou como criminosos se exporem os EUA, o Reino Unido e seus parceiros; em outros países, responsabilizar a mídia equivale a "perseguição política", enquanto que nos EUA e no Reino Unido, reprimir a mídia é "agir de acordo com a lei".

Todos os olhos estão voltados para as condições dos direitos humanos de Assange e para o que pode acontecer com ele. Esperemos e acreditamos que no final do dia, a justiça e a imparcialidade prevalecerão. A hegemonia e o abuso do poder certamente não durarão para sempre, disse o porta-voz.

(Web editor: Beatriz Zhang, Renato Lu)

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